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Política
Quarta - 14 de Agosto de 2013 às 15:48

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O vereador Allan Kardec (PT) admitiu que a manutenção dos quatro vetos do prefeito Mauro Mendes (PSB), em relação a projetos de lei do transporte público da Capital, é a primeira derrota da Câmara Municipal, na atual legislatura.

Dos 18 parlamentares que compõem a base, 17 seguiram orientações do Executivo e foram contra a volta dos cobradores de ônibus e a extensão do passe livre, em sessão ordinária na terça-feira (13).

“Foi uma derrota da Câmara e uma derrota popular. O prefeito ganhou e hoje sua base se consolidou, aqui no Parlamento. Temos que rever nossa estratégia e utilizar um pouco mais do nosso espaço de mobilização popular para tentar ganhar os próximos embates”, afirmou Kardec.
 

 

"Foi uma derrota da Câmara e uma derrota popular. O prefeito ganhou e sua base se consolidou aqui no Parlamento"
 
“Lógico que ninguém vai fazer oposição irresponsável, mas aqueles projetos que forem de interesse do povo, nós temos que usar uma estratégia de mobilização popular mais forte”, completou.

Autor dos dois projetos relacionados ao passe livre, Kardec também considerou que Mendes soube fazer bem seu “trabalho” de pressão aos parlamentares.

“Isso ficou claro. Quando votamos cinco projetos no mês de junho, todos os 25 parlamentares foram unânimes em aprová-los. E, agora, os 18 voltaram atrás nas suas próprias decisões”, disse.

“Até mesmo o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Faissal Calil (PSB), e um autor de dois dos projetos vetados, Dilemário Alencar (PTB), voltaram atrás por conta da pressão do Executivo, que hoje governa do lado dos empresários”, completou o petista.

Para o vereador Toninho de Souza (PSD), mais do que uma derrota para os parlamentares, a população é quem sai perdendo.

“O povo sai derrotado e a decisão de hoje é reflexo de que o prefeito tende para ao interesse do empresariado, pesa o poder financeiro. Infelizmente, a base cedeu e Mauro não ouviu a população”, disse

Contradição

Embora não admita a derrota, o presidente da Câmara Municipal, João Emanuel (PSD), afirmou que faltou coerência aos 18 parlamentares da base do prefeito Mauro Mendes.

“Não foi uma derrota, participamos de um momento democrático, porém contraditório daqueles que, no primeiro momento, foram favoráveis aos projetos de lei. Nós que votamos pela derrubada tivemos coerência hoje”, afirmou.

O parlamentar também se negou a afirmar que a suposta pressão exercida pelo prefeito tenha surtido efeito e garantiu que o Poder Legislativo se manteve "independente".

“Eu acredito que os vereadores votaram com a consciência, e eu primo pela Casa como independente, o que importa é que a Câmara não foi omissa”, completou Emanuel.
 






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