Deputada Flavinha assume cadeira à Câmara Federal De olho em 2026 MDB abre espaço às mulheres visando fortalecer eventual candidatura de Janaína ao governo
Mato Grosso ganha reforço na bancada feminina na Câmara dos Deputados. Nesta terça-feira, 30, a suplente Flavinha (MDB) assume a cadeira do correligionário Juarez Costa, que se licencia por quatro meses. Com ela sobe para três o número de deputadas, num cenário predominantemente masculino, com seis cadeiras. Assim, a composição da representação da população mato-grossense aproxima-se daquela eleita em 2002, com Teté Bezerra (PMDB), Celcita Pinheiro (DEM) e Thelma de Oliveira (PSDB) e a suplente Thaís Barbosa (PMDB). A posse de Flavinha pode ser parte de articulação com vistas a 2026.
Flavinha é o nome parlamentar da vereadora por Colíder, ex-presidente da Câmara e advogada Ana Flávia Rodrigues Ramiro, nascida naquela cidade distante 640 km ao Norte de Cuiabá. Para que ele chegasse ao plenário seu partido recebeu o aval de seus dois primeiros suplentes, Carlos Bezerra e Valtenir Pereira, respectivamente. Nos bastidores políticos a ida de Flavinha para Brasília é vista como forma de fortalecimento da ala emedebista feminina, de olho em 2026, quando a presidente em exercício da Assembleia Legislativa Janaína Riva poderá disputar o governo, como a mesma admite.
A bancada na Câmara dos Deputados ocupa duas cadeiras com Amália Barros e a Coronel Fernanda, ambas filiadas ao PL. Na legislatura anterior havia somente uma mulher, Rosa Neide (PT), que não se reelegeu. O período com maior presença feminina foi na legislatura de 2003 a 2006, quando Celcita Pinheiro foi reeleita e Thelma eleita, mas esse número dobrou com Teté Bezerra e Thaís Barbosa. Teté chegou ao cargo com a cassação de seu correligionário Rogério Silva, e Thaís pelo sistema de rodízio parlamentar – o mesmo que leva Flavinha ao poder.
Ao contrário de 2002, quando as deputadas eram integrantes da chamada familiocracia política, as atuais não têm esse vínculo: Thelma era casada com Dante de Oliveira, que foi deputado estadual, deputado federal, prefeito de Cuiabá, ministro de Estado e governador; Celcita era mulher de Jonas Pinheiro que exerceu mandatos de deputado federal e senador; Carlos Bezerra, que foi deputado estadual, deputado federal, prefeito de Rondonópolis, governador e senador, é marido de Teté; e Thaís era apoiada pelo marido José Amando Barbosa, que foi deputado estadual.
Teté foi deputada estadual, exerce o cargo de secretária estadual de Agricultura Familiar e foi secretária estadual de Turismo no governo de Silval Barbosa. Telma foi prefeita de Chapada dos Guimarães. Thaís foi prefeita de Tangará da Serra e deputada estadual constituinte.
SENADO – Mato Grosso não elegeu senadora, mas a empresária Margareth Buzetti (PSD), primeira suplente de Carlos Fávaro (PSD) ocupa sua cadeira em razão de sua nomeação para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento pelo presidente Lula da Silva.
Na suplência do senador Jayme Campos (UB) há somente um nome: Cândida Farias (MDB), que é viúva do ex-governador Wilmar Peres de Faria; o primeiro suplente de Jayme, Fábio Garcia (UB) elegeu-se deputado federal em 2022.
Wellington Fagundes (PL) reelegeu-se senador com o primeiro suplente Mauro Carvalho (UB) e com a segunda suplente Rosana Martinelli (PL), que foi vice-prefeita e prefeita de Sinop.
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