Pantanal deve receber US$ 400 mi em saneamento e sustentabilidade Programa BID Pantanal será relançado e pretende contemplar diferentes áreas, como saneamento básico e implantação de aterros sanitários
Durante o 2º Congresso Ambiental dos Tribunais de Contas: Desenvolvimento e Sustentabilidade, realizado em Cuiabá, o ministro da Pecuário e Abastecimento, Carlos Fávaro, anunciou investimento da ordem de US$ 400 milhões no Pantanal, o que corresponde a cerca de R$ 2 bilhões na cotação atual. O recurso é oriundo do programa BID Pantanal, criado em 1995 na gestão do então governador Dante de Oliveira.
O BID Pantanal conta com aporte do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para melhorias em várias áreas de saneamento e sustentabilidade na região. Contudo, nunca foi colocado em prática. Há a expectativa de que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), volte a Mato Grosso nas próximas semanas para o lançamento do programa.
Com recursos do BID da ordem de U$ 1,2 bilhões no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para incentivos às boas práticas agropecuárias, Fávaro consultou o presidente Lula e a instituição para a retomada do BID Pantanal. Além dos estados e municípios da região do Pantanal, os recursos do BID também serão destinados a ações nas regiões nordeste (U$ 400 milhões) e norte (U$ 400 milhões).
A proposta é que os investimentos sejam divididos entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, contemplando diferentes áreas, como saneamento básico, implantação de aterros sanitários e abertura de estradas.
“Se não foi há vinte anos que o projeto se tornava uma realidade, chega agora ao Ministério da Agricultura um ministro mato-grossense e encontra lá uma linha de crédito aprovada pelo BID para boas práticas da agropecuária brasileira. Vamos fazer deste um grande programa para o nosso estado”, disse.
O BID Pantanal tem como objetivo principal promover ações e projetos que contribuam para a conservação da biodiversidade, o uso sustentável dos recursos naturais e o fortalecimento da economia local. Por meio dele, busca-se também melhorar a governança e a capacidade institucional na região, considerada uma das áreas úmidas mais importantes do mundo.
Diante disso, o ministro lembrou que agora o projeto será validado junto à sociedade. “Precisamos do conjunto de ações da sociedade para revisarmos rapidamente esse projeto para que o lançamento seja o mais rápido possível”, declarou.
MILHÕES DE ÁRVORES - Outra ação lançada no congresso foi o plantio de cinco milhões de árvores no território mato-grossense, por meio do projeto “Planta Mato Grosso”.
Presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CPMAS) e coordenador do evento, conselheiro Sérgio Ricardo também lançou uma cápsula do tempo, que será aberta em 2050, e anunciou a criação de um banco de sementes de plantas nativas do estado, que auxiliarão na restauração de biomas atingidos pelo fogo nos últimos anos.
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