Sindipetróleo prevê queda gradativa dos preços de combustíveis Desde a semana passada, um movimento de baixa nos postos vem chamando à atenção dos consumidores em Cuiabá e Várzea Grande

A Petrobras anunciou redução dos preços da gasolina e diesel nas refinarias. A queda decorre da nova política de preços com o fim do regime de paridade internacional em vigor desde 2016.

Segundo a companhia, a redução do preço da gasolina será de R$ 0,40 por litro, sendo este o preço médio de venda para as distribuidoras, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78 por litro. Já o diesel para as distribuidoras terá uma redução média de R$ 0,44 por litro, passando de R$ 3,46 para R$ 3,02 por litro.

Em nota, a Petrobras reforçou que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no ponto de venda “é afetado por fatores como impostos e margens de lucro da distribuição e da revenda”.

“Na medida em que as distribuidoras repassarem a redução e os postos renovarem os estoques, o consumidor irá sentir o preço diminuir”, presume Nelson Soares, diretor-executivo do Sindipetróleo, sindicato que representa os postos de combustíveis em Mato Grosso.

DEVE INTENSIFICAR - Desde a semana passada, um movimento de baixa nos postos vem chamando à atenção dos consumidores. Em vários postos revendedores de Cuiabá e Várzea Grande, pela primeira vez, o preço de bomba do diesel está abaixo do valor do litro da gasolina. Entre um derivado de petróleo e outro há uma ‘distância’ de até R$ 0,30.

Há lugares em que o litro do óleo diesel está custando R$ 5,07/R$ 5,09, como registrado em duas revendas na região da Avenida Arthur Bernardes, em Várzea Grande.

Nos postos monitorados, a gasolina está custando entre R$ 5,59/5,23/5,37, enquanto o litro do diesel pode ser encontrado a R$ 5,09/5,07/5,17/5,99.

Na medida em que as reduções das distribuidoras forem chegando aos postos esse movimento deve ser mais acirrado.

GÁS DE COZINHA - A Petrobras anunciou também uma redução de 21,3% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP).

Desde ontem, a Petrobras venderá o botijão de 13 quilos de GLP às distribuidoras por um valor, em média, R$ 8,97 inferior ao atual. Se as distribuidoras repassarem a economia integralmente ao consumidor final, o botijão poderá chegar às residências pelo preço médio de R$ 99,87.

Conforme o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 7 e 13 deste mês, Mato Grosso passou o bastão e não detém o maior valor do Brasil para o GLP. Na semana de referência a média de preços no Estado foi de R$ 124. Os maiores preços foram registrados em Roraima, R$ 131,03, Rondônia, R$ 126,35 e no Amazonas, R$ 125,00, nessa ordem.

“Esta é a melhor notícia. Baixamos [o preço do botijão] de R$ 100”, comentou Prates logo após se reunir com o ministro de Minas e Energia. De acordo com o presidente da Petrobras, esta é a primeira vez, desde outubro de 2021, que o preço do botijão de gás vendido às distribuidoras cai abaixo dos R$ 100.