Padre é afastado de paróquia após suspeita de assédio sexual Ex-funcionário da igreja disse que pároco o "alisou nas partes íntimas" enquanto ele dormia
O padre Denis Lucati Silvério, de 34 anos, foi suspenso por tempo indeterminado das atividades na Paróquia Nossa Senhora Caravaggio, em Primavera do Leste, após repercussão do caso envolvendo o jovem Luiz Gabriel Monteiro da Silva Valente, de 21 anos.
No sábado (6), Lucati registrou um boletim de ocorrência no qual acusava Luiz, que é ex-funcionário da paróquia, de extorsão. A decisão de afastar o pároco foi determinada na segunda (8) pelo bispo diocesano Dom Derek Byrne.
Já nesta terça-feira (9) veio à tona um vídeo do rapaz negando o crime e afirmando que o padre teria o assediado sexual e verbalmente. Segundo o rapaz, o padre o alisou nas partes íntimas enquanto ele dormia.
Luiz ainda disse que Lucati teria oferecido R$ 30 mil a ele, para "silenciá-lo".
“Diante dos fatos ocorridos, informo que a partir de hoje, por determinação do bispo diocesano, as atividades do padre Denis Lucati Silvério estão suspensas por tempo indeterminado até que as coisas se resolvam e tudo seja esclarecido na verdade”, diz nota divulgada pela Dioecese de Primavera.
O caso
No sábado (6), o padre denunciou à Polícia Civil que Luiz exigia R$ 100 mil para não divulgar imagens e áudios que o comprometeriam.
Conforme o boletim de ocorrência registrado pelo padre, o rapaz teria dito a ele que havia criado um grupo no WhatsApp com algumas pessoas, no qual mandou fotos, imagens, áudios e vídeos dele. Ele também afirmou que a acusação de assédio sexual seria uma mentira do rapaz.
“Ele alega assédio sexual. Aí o negócio apertou porque é mentira. Ele quis alegar isso através de um vídeo onde eu, de uma forma infantil de tratar ele, quis alegar assédio. Por isso entramos com um B.O. por ele querer difamar e tirar proveito”, contou Lucati.
O padre revelou à reportagem que essa “forma infantil" de tratar Luiz consistia em chamá-lo de “bebê” e pedir “joga um beijo para o padre”.
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