VÍDEO: Elefante tem dia de ‘manicure’ em santuário de MT Biólogo explica que todas as elefantas da ONG foram retiradas de cativeiros e precisam de cuidados especiais com as patas, pois, diferentemente dos animais criados em habitats naturais, elas não têm o instinto de cavar e, por isso, as unhas crescem m
A elefanta Guilhermina, de 24 anos, teve um dia de beleza no Santuário de Elefantes Brasil, localizado em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, nessa terça-feira (18). Um vídeo divulgado pela associação mostra o animal relaxado, com a pata esticada, 'fazendo as unhas'. (Assista acima)
O biólogo do Santuário, Daniel Moura, contou ao g1 que Guilhermina chegou no novo território no ano passado, após ser resgatada de um zoológico na Argentina, onde vivia em condições inadequadas.
De acordo com o biólogo, todas as elefantas da Organização Não Governamental (ONG) foram retiradas de cativeiros e precisam de cuidados especiais com as patas, pois, diferentemente dos animais criados em habitats naturais, elas não têm o instinto de cavar e, por isso, as unhas crescem muito.
“Fazemos a cutícula, tratamos do coxim e cortamos as unhas, porque chega um momento em que começam a crescer descontroladamente e podem até entrar dentro da carne da pata, ferindo o animal. Como as patas ficam no chão, elas não crescem para cima, como a de um humano e acabam entortando para trás”, explicou.
Guilhermina tem 24 anos e está no santuário desde o ano passado — Foto: Santuário de Elefantes Brasil
Ainda segundo Moura, o trato das unhas é feito de uma forma segura, tanto para os animais, quanto para os cuidadores.
“Para que o animal se sinta confortável, fazemos introdução alimentar com frutas e legumes que as elefantas gostam, além de manter uma tela de proteção entre os animais com os profissionais, assim como mostra no vídeo. É importante ressaltar que todos que fazem esse cuidado com a pata do animal, precisam estar previamente treinados para que o elefante não se assuste e nem apresente riscos”, disse.
Durante o cuidado com as patas, 'Guille', como é carinhosamente chamada pela equipe do Santuário, ainda recebeu um carinho do presidente da instituição, Scott Blais.
"Guille está se adaptando muito bem ao fato de Scott segurar sua tromba enquanto Nicole faz algumas aparas em seus coxins. Guill está atrás de outro elefante (Maia) que costuma ficar sonolenta durante os tratamentos nas patas. É bom vê-la tão relaxada e avançando a passos largos.
Bambi, à esquerda, e Rana, à direita também recebem tratamento especial — Foto: Santuário de Elefantes Brasil
O santuário
O Santuário de Elefantes Brasil (SEB) tem como missão proteger, resgatar e proporcionar um santuário de ambiente natural para os elefantes em cativeiro do Brasil e da América do Sul, propiciando a eles um ambiente socialmente dinâmico, onde possam expressar seus comportamentos naturais e se recuperar dos anos de cativeiro e criar oportunidades para aumentar o conhecimento do público sobre sua inteligência, cognição, comunicação e comportamento social.
Atualmente, seis elefantes vivem no local: Mara, Rana, Maia, Lady, Bambi e Guillermina.
*Sob supervisão de Kessillen Lopes
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