Júlio avalia que Emanuel ainda é 'perigo' e não deve ser subestimado
Júlio Campos (União) afirmou que a influência do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não deve ser subestimada. O deputado considera que o gestor "ainda é um perigo". Afirmou que a escolha de seu partido para o candidato à prefeitura deve ter o apoio de todos os membros, para que o União Brasil não chegue às eleições dividido e sem chance de chegar a um 2º turno.
Os principais nomes do União Brasil, que já manifestaram desejo de disputar o cargo de prefeito de Cuiabá, são Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), e Fábio Garcia, deputado federal e presidente do diretório estadual do partido.
A preocupação é que, caso Botelho não seja o candidato escolhido, acabe aceitando os convites que têm recebido para trocar de partido. Júlio avalia que o União Brasil ficaria muito enfraquecido porque o parlamentar não sairia sozinho.
“Seria uma perda imensa, não só ele, porque ele não sairia sozinho. Deputado Botelho tem outros aliados, que estarão ao seu lado, e há muitos convites. No último sábado nos reunimos com o deputado Eduardo Botelho, junto com o vereador Kássio Coelho que trouxe uma proposta do novo partido que está surgindo em fusão de pequenos partidos, que é o Movimento Brasil 25, muito simpático o nome né, tem o 25 que é tradicional ligado ao DEM e ao PFL, então convidando para lá, nós não queremos que isso aconteça”.
Campos defendeu que o partido siga unido para as eleições municipais, caso contrário não terá chances. Ele afirmou que o prefeito Emanuel Pinheiro, mesmo com todo o desgaste de sua imagem, ainda é muito forte em Cuiabá.
“Nós unidos temos chance de ir pro 2º turno. Desunidos dificilmente iremos disputar a sucessão do prefeito Emanuel Pinheiro. E não podem descuidar, o Emanuel Pinheiro, a sua força atual, com todo o desgaste da Saúde, ainda é um perigo, ele tem no mínimo 30% dos votos da capital”, avaliou.
Apesar de seu envolvimento em escândalos de corrupção, Emanuel conseguiu se reeleger em 2020 e ainda permanece no cargo de prefeito.
O primeiro grande caso foi o do “dinheiro no paletó”, referente à Operação Malebolge. Emanuel aparece em um vídeo, da época em que era deputado estadual, recebendo o pagamento de suposto mensalinho que era repassado a parlamentares durante o governo Silval Barbosa. As gravações vieram à tona em 2017, um ano após ele ter sido eleito prefeito.
Em 2021, o prefeito foi afastado de seu cargo após investigações do Ministério Público apontarem indícios de ilegalidades na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Ele permaneceu afastado por pouco mais de 30 dias.
Recentemente a Justiça determinou a intervenção do Estado de Mato Grosso na saúde do Município. A primeira intervenção, que ocorreu ainda em dezembro de 2022, chegou a ser suspensa após decisão do Superior Tribunal de Justiça, mas foi novamente imposta em março de 2023 após decisão colegiada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Mesmo com tudo isso, Júlio crê que o prefeito ainda possui muita força política na capital.
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