Relógio de ouro devolvido por Bolsonaro custa R$ 800 mil Modelo da Chopard teve apenas 25 unidades produzidas; a pulseira é feita de couro de jacaré
A caixa de joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou, nesta sexta-feira (24), à Caixa Econômica Federal, inclui um dos relógios mais raros do mundo, avaliado em aproximadamente R$ 800 mil.
Apresentado em 2014 e com apenas 25 unidades produzidas, o Chopard L.U.C Tourbillon Qualité Fleurier tem caixa moldada em ouro de origem controlada.
A empresa garante que o processo de extração do metal foi feito de forma artesanal por trabalhadores regularizados, sem exploração da mão de obra.
As minas ficam na América do Sul, mas a empresa não disse em quais países.
Na ativa desde 2004, a Qualité Fleurier é uma entidade que faz o monitoramento da produção e oferece certificações no segmento da alta relojoaria.
A Chopard é uma das parceiras da iniciativa.
Até a pulseira de couro de jacaré tem origem controlada – para azar dos jacarés.
Nesse caso, o certificado é emitido pela Cites (sigla em inglês para Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção).
Mas esse Chopard vai muito além da reunião de matérias-primas consideradas nobres.
O movimento turbilhão utilizado no relógio é o ápice do segmento.
As funções aplicadas na relojoaria são chamadas de complicações. Nesse caso, é de fato muito complicado.
O calibre desse modelo – que, grosso modo, é a máquina que faz tudo acontecer – se chama L.U.C. 0213-L1.
É necessário dar corda manualmente para que entre em atividade, mas, após esse procedimento, serão cerca de nove dias de funcionamento absolutamente preciso.
É para isso que serve o mostrador posicionado logo acima dos ponteiros principais: há uma escala analógica que exibe o tempo em que o relógio continuará funcionando até ser preciso dar corda novamente.
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