Hipótese mais forte é que sequestro tenha sido forjado
A Polícia Civil de Tangará da Serra (239 km a médio-norte da Capital) segue investigando o sequestro da jovem Tayna Kaane Gramulha de Andrade, 20, que deixou o cativeiro nesta quinta-feira (15). Uma das linhas de investigação, que ganha cada vez mais força, é a de que ela tenha forjado o crime.
Delegado-chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Stringueta admite que “há grandes indícios” no sentido de tudo ser uma fraude. “Isso ainda está sob investigação, então é cedo afirmar categoricamente”.
Segundo Stringueta, são vários os pontos do caso que chamaram a atenção dos policiais. “Entre eles o fato dela ter sido liberada com o carro, porque se fossem de fato seqüestradores teriam ficado com o veículo e o motivo alegado por ela para ser liberada, a de que o fato gerou grande repercussão. Todos sabem que seqüestros são crimes que têm esta atenção de todos quando ocorrem. Isso é muito estranho”.
Um outro detalhe foi a forma da negociação adotada pelos seqüestradores, que teriam parcelado o valor do resgate, com parte do dinheiro paga apenas após a liberação da jovem. Tayna teria sido liberada sem que o dinheiro fosse pago aos seqüestradores.
As investigações começaram na noite de quarta-feira (14), quando ela teria sido raptada, de uma festa de aniversário no município de Porto Estrela (194 km a médio-norte da Capital). Na ocorrência, ela foi levada por 5 homens, todos encapuzados, que invadiram a residência e fugiram levando objetos como celulares, joias, notebooks e também 1 veículo das vítimas.
A jovem apareceu na delegacia de Tangará na tarde de quinta-feira, no momento em que o marido dela era conduzido para ser ouvido pelo delegado da cidade, que comanda as investigações. Tayna não apresentava nenhum ferimento.
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