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Economia
Segunda - 20 de Março de 2023 às 08:28
Por: Silvana Bazani/Gazeta Digital

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Falência empresarial cresceu o dobro em Mato Grosso no último ano. A insolvência de empresas instaladas no Estado motivou 7 requerimentos e 19 decretações de falência em 2022, com respectivas altas anuais de 133% e 137%. No ano anterior, foram apenas 3 pedidos e 8 falências decretadas, segundo levantamento realizado pela Serasa Experian com exclusividade para o Jornal A Gazeta.

Houve também aumento anual de 26,5% nas recuperações judiciais concedidas, que somaram 62 em 2022, ante 49 no penúltimo ano, bem como elevação de 3,7% nos pedidos de recuperação judicial que somaram 55 no ano passado, contra 53 em 2021. O quantitativo de empresas que recorreram à Justiça no começo de 2023 em busca de blindagem para se reequilibrar financeiramente também está acima do mesmo período do ano passado.

Em janeiro deste ano, 5 empresas mato-grossenses pediram recuperação judicial e 5 tiveram os requerimentos deferidos pelo Judiciário, ante nenhuma ocorrência destes casos no mesmo intervalo do ano passado. Seis empresas também tiveram a recuperação judicial concedida no mês inaugural de 2023, aponta o levantamento da Serasa Experian.


Para chegar nessa fase do processo, a empresa passa por todos os passos e cumpre todas as exigências legais, culminando no deferimento definitivo do pedido e cumprimento das obrigações previstas no plano de recuperação judicial, aprovado previamente em assembleia geral de credores.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, janeiro de 2023 registra recorde de pedidos de falências e de recuperações judiciais dos últimos 3 anos.

“Isto é reflexo do atual quadro de estagnação da economia, combinado com inflação e juros altos. Esta situação provoca aumento dos níveis de inadimplência tanto de consumidores quanto de empresas. Parte destas últimas, por acumularem uma quantidade enorme de dívidas, entram em risco de insolvência, alimentando as estatísticas de falências e de recuperações judiciais”, explica.

Em todo o país foram registrados 72 requerimentos de falências em janeiro, ante 46 e 40 nos mesmos meses de 2022 e 2021, respectivamente. Os pedidos de falência geralmente acompanham o de recuperação judicial e refletem as dificuldades financeiras.

Normalmente a falência é usada como instrumento de pressão, ou seja, o credor pede a falência da empresa devedora para receber o que lhe é devido, contextualiza Rabi. A falência é decretada numa situação extrema, quando a empresa recuperanda não consegue negociar as dívidas conforme os prazos de pagamentos.





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