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Política
Sexta - 16 de Agosto de 2013 às 18:36

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“Não temos como dar uma resposta à classe neste momento”. Com estas palavras o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, demonstrou a falta de compromisso do governo com a educação pública de Mato Grosso. O encontro realizado na manhã desta sexta-feira (16) reuniu representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) e secretários de governo, Ságuas e Francisco Faiad (Administração).

Entre os assuntos discutidos estavam as reivindicações da greve dos trabalhadores do ensino público, que já dura 5 dias. Ságuas voltou a afirmar que é inviável atender as demandas da educação sem que haja um estudo técnico, o que já havia sido proposto na reunião com o governador Silval Barbosa em julho. Porém, o presidente do Sintep/MT, Henrique Lopes discorda da posição do executivo estadual.
“Como prevíamos a Seduc manteve o mesmo posicionamento da reunião anterior, colocando empecilhos e trazendo pouquíssima coisa de concreto. Na nossa avaliação, o que nos foi apresentado é muito pouco”, afirmou Henrique.

Outro ponto questionado pelo presidente do Sintep/MT é em relação à posse dos aprovados no concurso público. Ságuas afirmou durante a reunião que os professores só seriam empossados a partir de 18 de novembro, data próxima ao final do período letivo de 2013. “Ou seja, a falta de professores nas escolas estaduais e todo o problema que isso envolve, o governo espera resolver apenas em 2014?”, questionou Henrique.

Ainda sobre a realização de um novo concurso público, nem Ságuas e nem Faiad souberam precisar quando irá acontecer. Para as demais reivindicações da classe como a dobra do poder de compra de educadores, a garantia de hora-atividade para interinos, a melhoria na infraestrutura de escolas e a aplicação de 35% dos recursos para a educação como prevê a Constituição Estadual, a resposta foi a mesma: apenas com um estudo técnico isso seria possível.
“Aqui em Mato Grosso nós vemos a disponibilização de incentivos ficais por parte do Governo, mas os 35% dos recursos que é de direito da educação não são repassados corretamente. Para avançarmos nas negociações, precisamos da garantia desses recursos”, pontuou a vice-presidente do Sintep/MT, Miriam Botelho.

A ausência de representantes da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) também foi discutida durante a reunião. “Nós gostaríamos que tivesse alguém da Sefaz nessa reunião, uma vez que há um descontentamento na própria Seduc relacionado à suspeitas de que o recurso da educação está sendo destinado a outras rubricas. Por isso o Sintep quer uma relação de tudo o que a Fazenda repassou para a Seduc nos cinco últimos anos”, afirmou o presidente do Sintep/MT.

Ságuas ainda tentou convencer os sindicalistas de que nos últimos 10 anos o ganho real de professores teve um aumento de 80%, porém Henrique rebateu a afirmação. “Mesmo se o governo alcançasse um ganho real de 150% para os profissionais da educação isso não significaria absolutamente nada, porque hoje trabalhamos com um dos pisos salariais mais desvalorizados”, pontuou o presidente do Sindicato. Hoje, o piso salarial de um profissional de nível médio que atua 30 horas semanais é de R$1.569,18.
O Sintep/MT aguarda o documento que o governo do Estado encaminhará com as possíveis propostas para a classe.  Após avaliação da direção, o documento será encaminhado para as subsedes fazerem sua avaliação e posteriormente o documento ser discutido em Conselho de Representantes e Assembleia Geral a ser realizada no dia 26 de agosto.
 





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