Casos de AIDS em Tangará seguem média de crescimento nacional No ano passado foram registrados 29 casos. Enquanto em 2016 já foram 26
Índices publicados recentemente mostram que o número de pessoas infectadas pelo vírus no país voltou a subir.
Segundo estudos, o número subiu quase seis vezes nos últimos três anos no estado de Mato Grosso. Enquanto em 2013 ocorreram 93 novas notificações de HIV (quando a pessoa ainda não desenvolveu a doença), ano passado esse número subiu para 530. Os dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que o Estado segue uma tendência nacional.
Em Tangará da Serra os índices também acompanham a pesquisa nacional, apontando que os casos no município tem subido.
De acordo com a enfermeira do CTA SAE, Claudia Beatriz C. Oliveira, os números são expressivos e preocupantes. “Como na média nacional, Tangará também tem registrado aumento nos casos de AIDS. No ano passado inteiro registramos no município 29 casos, enquanto que nesse ano, somente até final de junho, já temos 26 novos casos registrados, o que aponta que estamos a três caos de registrar o que registramos em um ano. O crescimento é significativo”, salientou.
Segundo a responsável, o crescimento mais acentuado se deu entre os jovens, talvez por pensar ser autoimune. “O número tem crescido muito entre jovens de 18 e 25 anos, que talvez nunca sonharam em ter esse diagnóstico, então a gente percebe que o fator social, múltiplos parceiros e festas tem contribuído para esse aumento”, reforçou.
Ainda de acordo com Beatriz, o número total de pacientes em tratamento no município atualmente é de 499. “ Fizemos o levantamento no início de julho que apresentou esses números, mas isso não quer dizer que todos são de Tangará uma vez que muitos preferem se tratar fora do local onde residem até para evitar constrangimentos que ainda hoje ocorre”, ressaltou.
Unidades de Saúde da Família poderão realizar testes rápidos de HIV
Com o súbito crescimento dos caos de AIDS pelo pais, o caminho é informar e facilitar o acesso à descoberta da doença.
Pensando nisso, o CTA-SAE já capacitou e terminará ainda esse mês de capacitar os profissionais das Unidades de Saúde da família para que eles também possam realizar os exames, descentralizando assim o atendimento.
“Já capacitamos quase todas as unidades do município, pois temos uma demanda de testes rápidos mais eficaz, e a a proposta é essa. Eu tenho que detectar paciente saudável, não quero detectar paciente doente em leito de UTI. Tenho que detectar o paciente ainda HIV, sem ele ser AIDS”, pontuou, ressaltando que, por sermos polo, o CTA-SAE já capacitou várias cidades. “Capacitamos os profissionais que atuam nas cidades de: Campo Novo do Parecis, Barra do Bugres, e as próximas a serem capacitadas serão Arenápolis e Nortelândia, para que eles possam trabalhar em cima dessa população também”, frisou Claudia, salientando que com a junção dos setores da Saúde os diagnósticos poderão aumentar e o tratamento será mais precoce.
“Com essa interação entre os postos, o Hospital Municipal e o CTA-SAE, os exames serão mais fáceis quando da suspeita, pois o atendente estará apto a realizá-lo, e não necessitará encaminhar para nós, pois nem sempre o paciente vem quando enviado com medo da resposta e por vergonha do preconceito ainda existente”, finalizou.
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