Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Política
Segunda - 18 de Julho de 2016 às 08:07
Por: Claúdio Moraes/Folha Max

    Imprimir


Em depoimento ao Ministério Público Estadual no dia 13 de junho, o empresário Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum Margem Ltda, garantiu que R$ 1 milhão apreendidos em dinheiro vivo em sua casa durante a segunda fase da "Operação Sodoma" não seriam destinados ao pagamento de propina para eventuais integrantes da atual administração do Governo de Mato Grosso. As decalarações foram prestadas ao promotor do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e Probidade Administrativa, Roberto Turin.

No dia 11 de março deste ano, o empresário foi preso pela Polícia Civil após ter cedido seu nome para confecção de um contrato fantasma de uma compra simulada de um terreno avaliado em R$ 13 milhões na avenida Beira Rio, em Cuiabá. Após a detenção, Willians esclareceu os fatos e confidenciou que havia sido extorquido por integrantes do grupo do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) para que o contrato de sua empresa de empréstimos consignados não fosse rompido entre 2010 e 2014.

Vítima de extorsão, o empresário revelou que chegou a pagar até R$ 700 mil por mês aos ex-secretários de Administração, Pedro Elias Domingos e Cézar Zílio, para manter o contrato. Após a apreensão da pequena fortuna no apartamento de Willians Mischurs, o promotor Mauro Zaque abriu em abril um inquérito para investigar para quem seria o R$ 1 milhão apreendida pelos agentes da Polícia Civil baseando-se numa denúncia anônima de que o dinheiro seria entregue para atuais agentes públicos do palácio Paiaguás.

Ex-secretário de Segurança Pública na gestão do governador Pedro Taques (PSDB), Zaque declinou de investigar o caso no dia 18 de maio. Então, a partir daí, a investigcação ficou com Turin.

DESPESAS PESSOAIS

Em seu depoimento, Willians Mischur explicou que o dinheiro apreendido está devidamente declarado em seu Imposto de Renda. Ele ainda detalhou que utilizaria o montante para o pagamento de despesas pessoais.

Ele explicou que iniciou em 2008, durante a gestão do ex-governador e atual ministro Blairo Maggi (PP), a prestar serviços de intermediação de empréstimos para servidores do Estado. O dono da Consignum assegurou que "nunca foi procurado nem pagou qualquer vantagem indevida para o secretário Paulo Taques ou governador Pedro Taques".

Sobre as declarações do ex-governador Silval Barbosa, que está preso desde setembro do ano passado justamente na "Operação Sodoma", que cobrou a investigação para onde iriam o R$ 1 milhão encontrado, o empresário disse que nunca conversou com o ex-chefe do Paiaguás sobre o assunto. Ele voltou a afirmar que só sofreu extorsões durante a gestão do peemedebista.

No dia 11 de agosto, o empresário irá depor a juíza Selma Rosane Santos Arruda na ação pena relacionada a "Operação Sodoma". Ele vai esclarecer que foi vítima de extorsão por pessoas ligadas ao ex-governador.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/105386/visualizar/