Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Economia
Quarta - 06 de Julho de 2016 às 14:32
Por: Soraya Medeiros Gazeta Digital

    Imprimir


Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) aponta que o preço de alguns medicamentos em Cuiabá (MT) estão variando em até 600%.

Um dos exemplos, o paracetamol genérico (usado para dor e febre), é encontrado por R$ 5 em alguns estabelecimentos e chega até R$ 30 em outros. Diante da grande diferença, os consumidores estão pesquisando cada vez mais para economizar.

O estudo foi realizado em 300 farmácias de 16 capitais do país. Foram comparados preços de remédios da mesma marca, de outros laboratórios e ainda os preços de genéricos com genéricos, onde a variação atinge quase 5.500%.

O paracetamol genérico em Curitiba (PR) custa R$ 0,47. Já em Belém, o mesmo produto o preço é de R$ 26.

O ansiolítico Clonazepan sai por R$ 3,39 em Goiânia (GO), sendo o valor mais em conta entre as capitais pesquisadas. Em Cuiabá, o remédio custa R$ 15,55.

O antiinflamatório Dicoflenaco é encontrado por R$ 1,19 em Curitiba (PR) e a R$ 36,80 em Vitória (ES).

“Não é uma variação só de uma cidade para outra. Também dentro de uma capital nós temos um universo muito grande de possibilidades de preço”, observa o diretor de pesquisas do ICTQ, Vinícius Andrade.

O aposentado Wilson da Silva, 68, contou a reportagem do Gazeta Digital que antes de comprar os remédios usados mensalmente faz pesquisa em 4 farmácias para saber qual o menor valor do medicamento. "Hoje gasto em torno de R$ 350 mensais com os medicamentos para pressão, diabetes e enfisema pulmonar. Se eu não pesquisar vou sair no prejuízo, porque cada farmácia coloca um valor".

Seis meses atrás a pesquisa foi feita nas mesmas capitais e comparou preços dos mesmos medicamentos. Na época, constatou-se uma variação no preço de quase 2.000%.

“Quem precisa de remédios de uso contínuo deve pesquisar, em função da variação de preço”, alerta Vinícius Andrade.

O Ministério da Saúde informa que o ajuste anual do preço máximo dos remédios é definido por uma câmara que reúne vários ministérios.

Mas analgésicos, como o paracetamol, não têm o preço regulado pela câmara porque são remédios que não precisam de prescrição médica e aí são oferecidos em diversas apresentações e marcas.





Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/105270/visualizar/