Segundo delegado, vítima fazia faxina no momento do acidente, em Goiânia. Mulher que passava pela rua e prestou socorro fala do caso: "Filme de terror".
Garrafa estoura, e mulher morre após ser atingida no pescoço

Vizinhos se reúnem na porta da casa da vítima, em Goiânia (Foto: Zuhair Mohamad / O Popular)

Uma mulher de 47 anos morreu nesta sexta-feira (16), em Goiânia, depois que uma garrafa de vinho estourou e os cacos de vidro cortaram o seu pescoço, segundo a Polícia Civil. O acidente aconteceu na casa onde a vítima morava com o marido, no Setor Celina Park, região sudoeste da capital.

Conforme explicou ao G1 o delegado Ediovaldo Pereira de Sousa, titular do 15º Distrito Policial (DP), o caso é tratado, por enquanto, como um acidente. De acordo com ele, um irmão da vítima contou que a mulher fazia uma faxina e a garrafa, que ocasionou a morte, estava embaixo de uma pia.

"Ele [irmão da mulher] nos contou que, infelizmente, esse tipo de caso é comum na família. Ele próprio mostrou um corte no braço, dizendo que o machucado foi causado por uma garrafa de refrigerante que também estourou nas mãos dele", contou o delegado.

O corpo foi levado pela Polícia Técnico-Científica e está sendo periciado por técnicos do Instituto Médico Legal (IML) para confirmar as causas da morte. O órgão explicou somente que a mulher teve o pescoço atingido por um pedaço de vidro e que o laudo definitivo sair para dar mais detalhes do óbito.

"Filme de terror"
O Corpo de Bombeiros chegou a ser chamado, mas quando chegou ao local, a vítima já estava sem vida. A mulher que acionou a corporação contou ao G1 a versão dela sobre o ocorrido. Sem se identificar, ela afirmou que as cenas pareciam um "filme de terror".

A mulher explicou que não conhecia o casal, mas estranhou quando passou na porta da casa e ouviu gritos de socorro. "Estava andando pelo bairro procurando uma escola para minha filha. Ouvi uma explosão e acabei tocando o interfone. O marido dela, desesperado, pediu que eu entrasse para ajudar", lembra.

Pelo barulho, ela chegou a pensar que fosse uma panela de pressão que tivesse explodido. A mulher disse que, além do pescoço, a vítima também tinha ferimentos na perna e no braço.

Após acionar os bombeiros, ela chegou a prestar alguns cuidados na mulher sendo orientada pelos militares. Porém, não houve tempo hábil para salvá-la. "Ela estava muito ensanguentada e morreu nos meus braços e nos do marido dela", lamenta.