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Domingo - 03 de Julho de 2016 às 09:50
Por: Thaiza Assunção - Mídia News

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Marcus Mesquita/MidiaNews
O juiz Geraldo Fernandes Fidélis Neto: exame apontou bom comportamento
O juiz Geraldo Fernandes Fidélis Neto: exame apontou bom comportamento

“Se no processo houvesse posicionamentos contrários, obviamente não determinaria a progressão de regime para essa pessoa”.

A afirmação é do juiz Geraldo Fernandes Fidélis Neto, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, sobre a decisão desta semana de colocar em "liberdade' o integrante da facção criminosa denominada "Comando Vermelho" de Mato Grosso, Reginaldo Miranda.

Processo nenhum do Brasil aponta quem é ou não é membro de facção. Qualquer pessoa que está presa tem o direito de progressão de regime, sem exceção

“Para poder progredir de regime são necessários dois requisitos. O primeiro é objetivo, que é o tempo da pena. E o segundo, o subjetivo, que é a constatação de um profissional da psicologia de que essa pessoa pode conviver em sociedade. O quesito objetivo o Reginaldo Miranda cumpriu. E no subjetivo, também ficou comprovado que não haveria transtorno para sociedade”, disse.

Conhecido como “Bongo”, Reginaldo foi condenado a 55 anos de prisão por diversos crimes, sendo um deles pelo sequestro do sócio da rede de supermercados Big Lar, Jair Ruvieri, em 2003. A vítima ficou em cativeiro por 92 dias.

Ele cumpriu 11 anos e 10 meses da pena. Caso mantenha o bom comportamento, poderá ter direito a mais uma progressão da pena para o regime aberto em 2025.

“Processo nenhum do Brasil aponta quem é ou não é membro de facção. Qualquer pessoa que está presa tem o direito de progressão de regime, sem exceção”, afirmou o juiz.

Geraldo Fidelis determinou a progressão de pena em regime semiaberto, utilizando tornozeleira eletrônica. O alvará de soltura foi expedido na tarde da última quarta-feira (29).

O magistrado impôs que Reginaldo Miranda permaneça recolhido em sua residência diariamente, no período compreendido entre 20 e 6 horas do dia seguinte.

Ele também não poderá se ausentar das comarcas de Cuiabá e Várzea Grande, não frequentar lugares inapropriados, como casa de prostituição, casa de jogos, bocas de fumo e locais similares.

Também não poderá não portar armas - nem brancas (faca, canivete, estilete etc.), nem de fogo (revólver, espingarda, explosivos etc.) - e não poderá ingerir bebida alcoólica ou fazer uso de qualquer espécie de substância entorpecente.

Comando Vermelho

Conforme a Polícia Civil, Reginaldo Miranda possuía altíssima liderança, considerado “braço-direito” do “Conselho Final” do Comando Vermelho, participando de decisões referente a punições impostas a outros reeducandos.

Ele tem condenações por assalto em Sinop e Várzea Grande; condenação por porte ilegal de arma em Várzea Grande, além de responder por assalto em Jaciara e por um homicídio e dois assaltos em Cuiabá.





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