42% dos profissionais de baixa hierarquia querem deixar o emprego, segundo pesquisa Segundo pesquisa, trabalhadores querem estar satisfeitos com o trabalho. Remuneração e estabilidade estão entre os fatores mais importantes.
Pesquisa da Santo Caos, consultoria de engajamento, mostrou que os profissionais de baixa hierarquia não estão muito satisfeitos com as empresas que trabalham atualmente. Segundo o levantamento, 42% deles querem permanecer, no máximo, por três anos nas companhias.
Profissionais buscam emprego no Emprega Mogi
(Foto: Guilherme Berti/Prefeitura de Mogi)
O estudo "Como Se Fosse Máquina – o emprego dos sonhos da baixa hierarquia" ouviu 250 profissionais, entre 18 a 50 anos, na Grande São Paulo, de quatro dos principais setores que regem a economia brasileira: indústria, construção civil, serviços e varejo.
Entre os jovens, o índice é ainda mais baixo: somente 20% avalia que um ano é o tempo ideal para ficar na empresa. "No atual cenário econômico, uma empresa não pode ignorar seu público interno, independente de sua idade ou classe social. Por isso, é preciso estar cada vez mais perto da operação, entendendo seus anseios e desejos", afirma Daniel Santa Cruz, sócio-diretor da Santo Caos.
Nas avaliações do estudo foi possível medir também o que, para os profissionais, é o propósito para estar satisfeito com seu trabalho. A remuneração é o fator mais importante para os trabalhadores, com 22%. Em seguida estão: estabilidade (21%), oportunidade para crescimento (17%), motivação e reconhecimento (12%), aprendizado (10%), horário flexível (8%), equilíbrio entre vida pessoal e profissional (6%), abertura para porpor ideias (3%) e status (1%).
"O que ficou claro é que a remuneração é apenas um fator de manutenção do funcionário, mas não é o suficiente. Eles precisam ser motivados e para isso buscam oportunidades de crescimento, estabilidade e reconhecimento como principais fatores", ressalta Santa Cruz.
Por outro lado, questionados sobre quais os fatores de maior insatisfação em seus empregos, o principal motivo foi a relação com os colegas (21%), seguido por clima organizacional, com 18%.
Além disso, também surgiram como entraves salário, relacionamento com chefe e reconhecimento, todos com 11%. Na sequência, apareceram distância de casa para o trabalho (9%), falta de oportunidades (8%), horários (3%), reputação da marca (2%) e estabilidade (1%). Os 5% restantes foram diversos outros fatores citados.
"O clima da organização e problemas com a liderança são os principais motivos de insatisfação dos colaboradores, pois é o que decorre do seu dia a dia. Portanto, se estes quesitos satisfazem o colaborador, mesmo que ele não esteja plenamente feliz com o seu salário, contribuem para a sua permanência na corporação", explica Santa Cruz.
Santa Cruz lembra que é bom ter um funcionário satisfeito, mas um profissional engajado com os valores e cultura da empresa impacta nos resultado. "É preciso trabalhar o orgulho de estar na empresa, buscando alinhar com cada profissional os anseios e desejos."
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