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Cidades
Quarta - 19 de Agosto de 2015 às 10:36

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou nesta terça-feira, 18, inserções de TV nas quais reconhece a gravidade da crise econômica e pede a união nacional para o País encontrar a saída. ‘O Brasil vai voltar a crescer‘, diz Lula no final da propaganda que vai ao ar sábado, 22.

As inserções fazem parte da estratégia para consolidar a recuperação do governo e jogar para a oposição parte da responsabilidade pela crise. Com base em pesquisas internas, o PT identificou um campo fértil para plantar a ideia de que a oposição estimula o ‘quanto pior, melhor‘ com o objetivo de derrubar a presidente Dilma Rousseff e assumir o governo.

Assim o PT também alinha seu discurso a setores do empresariado que têm se posicionado publicamente pela unidade contra a crise econômica. Além disso a legenda aposta em uma resposta nas ruas às manifestações que pediram o impeachment de Dilma realizadas em todo o País no domingo, 16.

Discurso

A avaliação no PT é de que os protestos contra o governo devem diminuir mas não vão acabar e que a saída é mobilizar setores que pensam o contrário. Para garantir o apoio de grupos refratários ao governo e ao PT, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), aos atos marcados para esta quinta-feira, 20, a sigla admitiu adaptar as inserções de rádio e TV veiculadas ontem, nas quais convida para as manifestações de amanhã, ao discurso destes movimentos.

As inserções chamam à ‘defesa da democracia‘ mas em momento algum falam em ‘golpe‘, termo preferido dos petistas para se referir às movimentações pelo impeachment de Dilma.

‘Temos o cuidado de evitar que soasse como uma tentativa de partidarizar os atos, a exemplo do que o PSDB fez com as manifestações de domingo‘, disse o secretário de Comunicação do PT, José Américo Dias.

Nos últimos dias a frágil unidade dos mais de 20 movimentos que organizam os atos cujo lema é ‘Tomar as Ruas por Direitos, Liberdade e Democracia! Contra a Direita e o Ajuste Fiscal‘ , foi ameaçada por divergências internas, principalmente em relação ao pedido de impeachment de Dilma.

‘Não somos a favor do ’Fora Dilma’. Mas em princípio não somos contra a ideia de o povo ir às ruas e derrubar o governo. O problema é que se Dilma sair vai entrar alguém pior‘, disse Guilherme Boulos, do MTST. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.





Fonte: Estadão Conteúdo

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