Notas de R$ 50 são as preferidas dos falsários

De janeiro a julho deste ano foram recolhidas 1,867 mil cédulas falsificadas em Mato Grosso. As notas de R$ 50 foram as preferidas nas tentativas de golpe, contabilizando 757 unidades. Em seguida está a nota de R$ 100 com 562 cédulas falsas recolhidas e a de R$ 20, com 511 unidades.

A falsificação é crime previsto pelo artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de 3 a 12 anos de prisão. Os dados são do Banco Central do Brasil. Quem coloca uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa fé, pode ser condenado a uma pena de 6 meses a 2 anos de detenção.

A gerente comercial de uma papelaria em Cuiabá, Juceni Campos Galvão, 48, diz que já foi vítima de muitas tentativas fraude com cédulas falsas. “Nós temos 2 modos de identificar: o 1º é com a caneta detectora de dinheiro falso. A 2ª forma é com a percepção manual, já que a cédula verdadeira tem relevos próprios”. A gerente diz que em todos os casos que recebeu o dinheiro falsificado, ouviu a desculpa que tinha vindo do banco.

O comerciante, Júnior Zhu, 30, em 3 anos à frente de uma papelaria no centro da Capital, diz que ainda não foi vítima de tentativa do golpe do dinheiro falso. “Para detectar se é verdadeira eu utilizo um laser”. O produto também é comercializado a R$ 5, e quando apontado para a cédula faz brilhar alguns elementos invisíveis a olho nu.

Veja dicas de segurança

O Banco Central do Brasil orienta que ao receber uma cédula é importante verificar os principais elementos de segurança. Nas notas da 1ª família do real existem marca d’água, imagem latente, registro coincidente e o relevo.

Nas cédulas da 2ª família, além da marca d’água, existem o número escondido, a faixa holográfica (nas notas de 50 e 100 reais e que fica ao lado do número e na parte em que existe o rosto que representa a liberdade) e o número que muda de cor (nas notas de 10 e 20 reais). O alto-relevo também se destaca nestes tipos de cédulas.

As notas falsas não são trocadas pelo Banco Central ou pelo governo. O dinheiro suspeito pode ser apresentado em uma agência bancária, que se encarregará de encaminhá-lo para análise do Banco Central. Em caso do recebimento de cédulas falsas a polícia deve ser informada.