Presidente da Câmara de Arenápolis é condenado a 15 anos de prisão

O presidente da Câmara de Arenápolis, vereador Wanderson Brito Pinto (PSDB), foi condenado a 15 anos e oito meses de prisão, em regime fechado. O parlamentar responde pelo crime de homicídio qualificado contra Alex Mendes da Costa e tentativa de homicídio contra Marcelo Machado de Souza. O caso ocorreu em 2006.

O processo está transitado em julgado, ou seja, sem possibilidade do réu recorrer da sentença. Isso porque, conforme a assessoria do Tribunal de Justiça, a defesa de Wanderson perdeu o prazo para reverter a decisão em segunda instância, proferida em 28 de maio.

Com isso, a Corte estadual remeteu os autos à primeira instância. Agora, o mandado de prisão poderá ser expedido a qualquer momento, pela primeira instância.

Antes, o réu que foi condenado à Juri Popular de Tangará da Serra, havia entrado com recurso para tentar a anulação do Juri. A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, por meio do relator Luiz Ferreira da Silva, negou provimento ao recurso. Num primeiro momento, o vereador havia afirmado que entrou com recurso no Tribunal de Justiça, na última segunda (3), e que só irá comentar o caso após a decisão. O Rdnews entrou em contato com o vereador, na manhã desta quinta (6), mas não completou a ligação.

Direitos políticos

Conforme juristas ouvidos pelo Rdnews, como a condenação é de 15 anos, em regime fechado, o vereador não poderá exercer o cargo eletivo e, por isso, perde o mandato. Com isso, o vice-presidente Assis José de Moura (PMDB) convocará novas eleições para a Mesa Diretora. Entretanto, Assis informa que Wanderson continua indo normalmente às sessões.

Caso

Segundo os autos, em 1º de janeiro de 2006, por volta das 2h da manhã, utilizando-se de uma arma de fogo, calibre 38, Wanderson matou Alex e feriu Marcelo. A briga, segundo o processo, ocorreu porque Marcelo, em posse de um “buscapé” (artefato de fogo) colocou no pára-choque do veículo de Cezar Junior, primo do vereador.

Diante disso, o denunciado resolveu tomar satisfações com as vítimas. No momento em que sacou o revólver e começou a disparar contra Marcelo, atingindo-o no ombro, Alex entrou na frente, mas, mesmo assim, o réu continuou a efetuar tiros.

Por: RD News/Tarso Nunes

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