Polícia não crê em mãe que matou filho Policial desconfia da versão e diz que vítima não tinha "perfil" de quem queria morrer
Relação entre mãe e filho seria boa, segundo testemunhasRecord Minas
O delegado que investiga o caso da mãe que matou o próprio filho e disse ter cometido o crime a pedido da vítima não está convencido da versão dada pela mulher. A suspeita, de 49 anos, foi presa em flagrante pelo homicídio cometido em São Francisco, no norte de Minas, o jovem de 20 anos passava férias.
Em depoimento, a autônoma afirmou que o filho implorou para que ela o matasse. O rapaz sofria de uma doença crônica conhecida como síndrome de Crohn, que ataca o sistema gastrointestinal e provoca inflamações e dores articulares.
O delegado Emmanuel Robson Gomes ouviu a mulher pela segunda vez na quinta-feira (6) e, novamente, ela mostrou frieza ao detalhar o que aconteceu.
— Ela continua com o mesmo álibi. Falou que matou porque o menino não aguentava as dores. Foi fria, demorou para responder e não demonstrou emoção.
O policial questiona o motivo, já que o rapaz estava matriculado em uma faculdade, fazia autoescola e seria submetido a um exame de rua nesta sexta-feira (7).
— Não é o perfil de uma pessoa que quer morrer. Ninguém comprova a tese dela, todos falam que ele era dinâmico e que o relacionamento entre os dois era bom.
Na versão da suspeita, o filho teria dito que queria morrer na noite anterior ao crime. Na manhã seguinte, ela foi até o quintal, buscou uma alavanca de ferro usada para cavar buracos e deu vários golpes na cabeça do jovem, que estava dormindo.
A mulher tomou banho, trocou de roupa e foi até a vizinha dizendo que o filho queria "mostrar algo" para ela. Quando a testemunha chegou ao local se deparou com a vítima na cama, ensaguentada, e já sem vida. Em estado de choque, a vizinha chamou a Polícia Militar.
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