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Quarta - 29 de Julho de 2015 às 13:00

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Consumidores de Cuiabá pagaram menos pela cesta básica em junho. No mês passado foram desembolsados R$ 354,90 contra R$ 367,90 em maio, uma redução de 4%. Fator climático e compensação de mercado estão por trás do barateamento do valor pago por um total de 13 itens, sendo que 6 produtos da lista registraram queda de 1% a 18%. Outros 6 itens apresentaram alta de 1% e 4%. Um deles ficou estável. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

O economista Edisantos Amorim avalia que diminuição nos preços foi motivada principalmente pela queda de consumo que levou os supermercados a diminuírem os preços, em uma perspectiva de que é melhor ganhar menos do que perder.

“Esta lógica seguida pelo varejo demonstra que diante da inflação em alta, o repasse constante das tarifas no valor dos produtos acaba afastando os clientes, ocasionando prejuízo maior”.

Contudo, o especialista explica que esta queda não representa tanto alívio para o consumidor por estar abaixo das perdas ocorridas desde o começo do ano.

“Os 4% que estão sendo pagos a menos pela cesta básica na Capital não são nem a metade da inflação que está 8,89%”. Amorim alerta para a possibilidade de novos aumentos até o fim do ano, e que a diminuição em junho não significa estabilidade para o setor. A microempresária, Alessandra Aparecida da Silva, 36, trabalha em um restaurante. Por dia são vendidas em média 50 refeições.

Produtos da cesta básica como arroz, feijão, carne, tomate entre outros são essenciais para o cardápio.“Percebi uma diminuição no valor do tomate, mas não está aliviando em nada o bolso”.

De acordo com o Imea, o tomate diminuiu 18% em junho sobre maio, a maior variação mensal. O economista Edisantos Amorim explica que o fator climático favoreceu a queda no preço do fruto. “Como se trata de um produto perecível foi necessário vender o que estava em estoque para não sofrer perdas”.

Outros produtos que também apresentaram queda foram feijão (-15%), batata (-5%), banana (-3%), óleo (-2%) e arroz (-1%). Já os que obtiveram alta foram o açúcar (4%), manteiga (4%), carne (2%), farinha (2%) e pão francês (1%).

O café em pó permaneceu estável. A aposentada Daede Liparotti, 59, diz não perceber a diminuição nos valores pagos por itens básicos no supermercado. “A única coisa que tem reduzido é o volume das minhas compras. Antes eu vinha uma vez por semana ao mercado, agora são só duas vezes por mês e com muita dificuldade”.

Ela gasta em média R$ 600 com produtos básicos. Este valor permaneceu constante durante o 1º semestre de 2015, contudo, se antes era comprado 1 quilo de frutas, agora leva no máximo 3 unidades, exemplifica.

O assistente jurídico, Phillipe Mocker, 21, está aprendendo como lidar com preços. Há 1 mês está morando com a namorada. Neste período ele já gastou em média R$ 450 em itens básicos. “Percebi que dependendo do mercado, os preços variam bastante e dá pra economizar. Basta fazer pesquisa. Também existem os dias específicos de promoção para determinados alimentos como o “dia da carne” ou “dia das frutas”. Assim fica mais fácil manter as contas em dia. Mocker diz que nestes tempos de crise econômica tem economizado, evitando cartão de crédito. “Prefiro o dinheiro ou o débito. Dessa forma controlo melhor os gastos”.





Fonte: A Gazeta

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