Ferido no metrô se emociona ao lembrar tiros Passageiro foi atingido na perna e se emocionou ao lembrar ataque. Na sexta-feira, Alexandre de Oliveira, de 46 anos, morreu após ser baleado.
O Bom Dia Rio desta segunda-feira (13) exibiu uma entrevista exclusiva com um passageiro que ficou ferido na perna após o assalto que terminou com uma pessoa morta na Estação Uruguaiana do Metrô Rio, no Centro, na sexta-feira (10). A vítima, que ainda está internada no hospital, se emocionou ao lembrar do assalto e pediu mais segurança pública nos transportes do Rio.
No quarto do hospital onde está internado, Diogo só concordou em dar entrevista com a condição de não mostrar o rosto. As cenas do assalto não saem da cabeça. “Um tumulto, todo mundo correndo, eu corri também. E me escondi atrás de uma catraca e fiquei ali no chão, esperando ser atendido. Minha perna saindo muito sangue e eu vi que eu fui atingido pela quantidade de sangue que saía na minha perna... Ainda passei a mão no corpo todo pra ver se tinha mais algum ferimento e fiquei ali esperando o atendimento, né. Todo mundo correndo, em pânico, pessoas passando mal. Assustador”, afirmou o rapaz.
Diogo, de 34 anos, estava na estação de metrô Uruguaiana, na tarde de sexta, por um acaso. Ele não tem o hábito de andar de metrô, mas naquele dia precisava chegar logo em casa porque a mulher dele estava passando mal. “Desci no metrô e fui comprar o bilhete pra vir embora, pra acompanhar ela. Aí nisso que eu comprei a passagem, o bilhete, nisso que eu me virei, eu escutei um barulho e senti que eu tinha tomado um tiro na perna”, lembra.
Três assaltantes tinham abordado o auxiliar de serviços gerais Alexandre de Oliveira, de 46 anos, que carregava uma bolsa com dinheiro. Ele fazia saques e pagamentos pelo Centro da cidade. Os criminosos deram três tiros, dois acertaram Alexandre no peito e no pescoço e ele morreu na hora. O terceiro disparo acertou a perna de Diogo, mas ele não viu quem atirou.
“Quando eu olhei minha perna e eu vi um buraco na minha calça e sangue saindo. Aí eu me dei conta que eu falei: ah, tomei um tiro. Aí eu chamando as pessoas pra me ajudar. Pedindo ajuda”, diz o rapaz.
As câmeras do metrô registraram o assalto. Segundo a polícia, um homem com uma pasta preta na mão foi quem atirou. Os três suspeitos estão sendo procurados.
Diogo foi atingido no joelho, passou por uma cirurgia pra retirar a bala e vai precisar de fisioterapia. Segundo os médicos, provavelmente ele não vai ter sequelas. No entanto, o trauma ele confessa que vai ser difícil superar tão facilmente. “O trauma, só Deus sabe. Vai ser muito difícil recuperar a vida normal”, confessou.
Ainda de acordo com o rapaz, qualquer pessoa está suscetível a esse tipo de situação. Agora, segundo ele, o único desejo é abraçar os filhos e dizer que os ama.
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