Serial killer descobre que vítima em estrada era sua própria filha
A noite de 26 de novembro de 2010 foi particularmente marcante para os moradores de Brembate di Sopra, na Itália. Um crime brutal foi cometido e meses depois, e os detalhes dele tornaram tudo ainda mais sinistro pela ligação sanguínea entre o assassino e a vítima.
Yara Gambirasio, a menina assassinada, era bastante conhecida na região e com reputação ilibada.
Líder de torcida, com muitos amigos na escola e notas altas.
Tinha apenas 13 anos quando foi morta e o corpo dela foi localizado apenas três meses depois.
A situação do corpo era deplorável: havia sido esfaqueado várias vezes e uma extensiva investigação começou.
Pela abundância de material de DNA na cena do crime, a polícia local iniciou milhares de testes para localizar possíveis ligações com o assassino.
Apesar do pouco progresso, os policiais descobriram que ela foi morta não apenas por facadas — ela provavelmente foi mais esfaqueada depois —, mas por golpes fortes na cabeça (provavelmente por uma pedra), feridas muito profundas, além de estupros.
Um funcionário marroquino foi preso pela proximidade de material de DNA no local, mas foi liberado.
A suspeita era que um serial killer agia na região, já que dois corpos em situação similar foram encontrados nos seis meses anteriores.
Quando não conseguiu ligar mais DNA com suspeitos, a polícia passou para os arquivos e a coisa se complicou.
Em suas análises de DNA, a polícia concluiu que as amostras de DNA local combinavam com a de Giuseppe Guerinoni, um trabalhador falecido 11 anos antes do crime (a prova foi obtida em um selo que ele havia lambido quando postou uma carta nos Correios).
Logo depois veio a informação que Giuseppe era mulherengo e começaram a aparecer filhos ilegítimos dele, uma vez que seus três filhos no casamento foram descartados como suspeitos.
Até que a polícia chegou em Ester Arzuffi, uma mulher que teve gêmeos e teve um caso com Giuseppe.
Mais uns dias de investigação e eles chegaram a Massimo Giuseppe Bossetti, que inclusive manteve o nome do pai ilegítimo.Testes de DNA mostraram que ele era o assassino das três jovens mortas na região, incluindo Yara.
Mas, em outra reviravolta do caso, foi descoberto que Yara também era filha ilegítima dele, em um caso ocorrido mais de uma década antes.
A acusação veio em junhode 2014 e testemunhas disseram que Massimo, mesmo um assassino frio, ficou arrasado.
Ele disse que "não tinha como saber" e escolheu Yara como uma vítima aleatória.
O advogado afirmou que "haviam problemas com o recolhimento de provas".
Mas a Justiça acolheu as provas e ele foi condenado à prisão perpétua.
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