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Saúde
Quinta - 09 de Julho de 2015 às 02:26

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Um estudo feito pela University of Oregon Dental garantiu que, em um futuro não muito distante, os aparelhos ortodônticos virarão peças de museu. Os pesquisadores mapearam todos os genes responsáveis pela má oclusão (mordida torta) e, em breve, será possível fazer uma correção genética antes mesmo de a pessoa nascer.

 Foto: auleena / Shutterstock

Com tratamento inovadores é possível tratar os dentes ainda em desenvolvimento e evitar aparelhos na adolescência e vida adulta

Foto: auleena / Shutterstock

Para Nelly Sanseverino, dentista especialista em ortodontia e ortopedia facial, realmente é possível que os avanços genéticos tenham chegado a esse nível, mas apenas mapear esses genes não é suficiente para eliminar os aparelhos.

“A posição dos dentes e a formação das arcadas não dependem única e exclusivamente da genética. Hábitos orais como chupar chupeta, mamadeira, dedos e até dormir inadequadamente com as mãos apoiadas na mandíbula também são capazes de causar esse problema. Isso sem falar do hábito da respiração oral que pode modificar toda a estrutura orofacial”, diz a especialista.

Vida longa aos aparelhos
Apesar de a especialista afirmar que não há como evitar a má oclusão, o que torna os aparelhos necessários, ela garante que hoje é possível reduzir o tempo de uso com a Ortopedia Facial e Funcional.

Essa modalidade, relativamente nova e alternativa, tem como objetivo prevenir e tratar a má oclusão, intervindo desde cedo, quando a pessoa, e a arcada, ainda estão se desenvolvendo. “É possível tratar crianças a partir dos 3 anos de idade que já possuam alguma alteração na dentição de leite, impedindo problemas estruturais capazes de atrapalhar o desenvolvimento e crescimento da face da criança”, diz Nelly.

Para atingir seus objetivos, a Ortopedia Funcional utiliza aparelhos removíveis na maxila e mandíbula. “Esse tratamento reduz a necessidade de se usar aparelhos ortodônticos fixos na fase da adolescência e adulta”, diz a especialista.

Por quase dois anos, a apresentadora Adriane Galisteu usou um aparelho fixo de acrílico, mas discretoFoto: Instagram / Reprodução

Antes e depois
Quem vê os aparelhos de hoje em dia não imagina como eles eram há alguns anos. Em pouco tempo, muita coisa mudou, e para melhor. Para se ter uma ideia, o primeiro conceito de ortodontia só surgiu em 1957 e era um pouco assustador.

“Pessoas com dentes encavalados tinham um problema plástico que deveria ser solucionado através da extração de um ou mais dentes, criando espaço necessário para a correção do problema”, diz Nelly.

Quando os aparelhos fixos começaram a surgir, eram formados por bandas metálicas que cobriam quase toda a coroa dentária, e eram responsáveis pela formação de cáries e manchas nos dentes. “Atualmente, os braquetes são da cor dos dentes e são colados sem a necessidade do uso das bandas”, diz a especialista.

E quem não se lembra dos extintos aparelhos extra-orais? Aqueles que eram presos com faixas flexíveis na cabeça, parecendo um capacete. Eles caíram em desuso e foram substituídos por outros mais funcionais ou pelos mini-implantes para ancoragem de dentes. Essa técnica usa um ponto fixo dentro da boca para facilitar a movimentação dos outros dentes.

Além de mais práticos e menos traumáticos, os aparelhos de hoje em dia são altamente estéticos. Hoje eles podem ser feitos de policarbonato, porcelana, podem ser pequenos, transparentes e auto-ligados, que é uma opção sem fios e borrachinhas. “Eles propiciam uma redução das visitas ao dentista e do tempo de tratamento”, diz a especialista.

E o custo? Quem viveu na época de nossos pais sabe que os tratamentos ortodônticos eram muito caros. “Era muito comum ouvir as pessoas comentando que o preço do tratamento era igual ao do Fusca”, lembra Nelly.





Fonte: Terra

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