Pais de mulher que deu à luz na rua e abandonou filho não querem criança Bebê está internado em hospital de Praia Grande, SP, e aguarda alta médica. 'Só pode ser coisa de Deus', diz bombeiro civil que encontrou bebê.
Os pais da mulher que deu à luz e abandonou seu filho recém-nascido em uma rua de Praia Grande, no litoral de São Paulo, informaram ao Conselho Tutelar do município, nesta segunda-feira (5), que não têm condições de ficar com a criança. O bebê está internado no Hospital Irmã Dulce e aguarda liberação médica para ser encaminhado para um abrigo municipal.
O bebê, do sexo masculino, que nasceu com 48 cm e pesando 2,250 kg, foi abandonado pela mãe na noite de sexta-feira (3), por volta das 20h, na Avenida Marcos Freire, no bairro Ocian. Ele já estava sem o cordão umbilical. Moradores que passavam pelo local encontraram o recém-nascido e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que o levou para o Pronto Socorro do bairro Quietude, onde a criança recebeu os primeiros cuidados.
Segundo o conselheiro tutelar responsável pelo caso, Leste Silva, a mulher já teria abandonado uma outra criança no interior paulista. “Ela é viciada em drogas e fomos informados que já abandonou um recém-nascido em Atibaia. Entramos em contato com os pais da jovem, eles afirmaram que não querem ficar com o bebê”, explica Silva, que diz não ter informações sobre o pai da criança.
Recém-nascido foi encontrado abandonado
(Foto: Rogério dos Santos/Arquivo Pessoal)
O conselheiro tutelar explica que o próximo passo será procurar outros parentes da mulher, para que a criança permaneça na família. Caso não seja possível, ela será inscrita no Cadastro Nacional de Adoção (CNA).
"Coisa de Deus"
O bombeiro civil Rogério dos Santos foi o primeiro a prestar socorro ao recém-nascido. “Ele ainda estava com a placenta no rosto quando o encontrei. Na hora, você olha e pensa: só pode ser coisa de Deus”, diz.
Além de Rogério, um casal que passava pelo local também avistou a criança e pediu para que o bombeiro acionasse o Samu. No Pronto Socorro do Quietude, os médicos vedaram a região umbilical e realizaram todos os exames necessários.
Rogério enfatiza que também ficou triste com a situação. “Isso emociona e entristece. Eu consegui salvar a criança, mas e se eu não tivesse visto? E se o outro casal não estivesse aqui?”, questiona.
Recém-nascido foi encaminhado para hospital em bom estado de saúde (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
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