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Segunda - 06 de Julho de 2015 às 12:10

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Ex-marido foi preso em Cuiabá (MT) por matar grávida e jogar corpo em lixão. (Foto: Reprodução/TVCA)

Ex-marido foi preso em Cuiabá suspeito de matar grávida e jogar corpo em lixão. (Foto: Reprodução/TVCA)

O técnico de informática Charles França de Campos, de 26 anos, suspeito de assassinar a ex-mulher, dentro de um motel em Cuiabá, e jogar o corpo dela próximo ao aterro sanitário, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e aborto. A vítima, de 27 anos, estava grávida de quatro meses e foi morta no na noite do dia 4 de junho. O corpo dela foi encontrado por moradores, na tarde do dia seguinte.

De acordo com a Polícia Civil, o crime teve motivo fútil e a jovem Sebastiana Aparecida Paniagua Lopes, não teve condições de se defender. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a jovem foi esganada e morreu por asfixia. O inquérito que investiga o caso foi concluído pelo delegado Fausto Freitas, que atua na Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e, segundo a polícia, será encaminhado nesta segunda-feira (6) para o Fórum da capital.

Freitas também pediu à Justiça a conversão da prisão temporária em preventiva do técnico de informática, que está detido no Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo Carumbé. Após cometer o crime ele fugiu e foi encontrado pela polícia em uma chácara, na Comunidade de Aguaçu, no dia 16 de junho. O delegado disse que o suspeito confessou o crime, no momento em que foi preso, e contou que desconfiava da gravidez da ex-mulher.

Suspeito disse ainda à polícia contou que mantinha um relacionamento com a vítima há, pelo menos, dois meses, e que ninguém da família estava sabendo do caso. Sebastiana e Charles já foram casados e estavam separados há nove anos. Eles tiveram dois filhos, de 10 e 12 anos, e moravam com a jovem.

Por desconfiar da gravidez, o ex-marido disse que houve uma discussão entre eles, no quarto do motel. Durante a briga, Charles teria estrangulado Sebastiana. Depois, transportou o corpo no banco de trás do carro e o jogou na estrada. “Ele só não contava que a vítima havia comentado com as amigas de trabalho que, na naquela noite, sairia com o ex-marido e que o mesmo suspeitava de sua gravidez”, explicou o delegado.

Sebastiana Aparecida Paniagua Lopes. (Foto: Reprodução/TVCA)

Sebastiana Aparecida trabalhava como atendente em uma
lanchonete no shopping. (Foto: Reprodução/TVCA)

Sebastiana trabalhava há seis meses na lanchonete de um shopping. Foi por meio de testemunhas que a polícia levantou os indícios contra o suspeito, que deverá responder por homicídio qualificado. Uma semana após o crime, Charles foi ouvido na DHPP e negou qualquer envolvimento com o assassinato.

Naquela ocasião, ele apresentou a versão de que buscou a ex-mulher no trabalho, após o expediente, e a deixou em uma rua próxima a casa dela, para que ninguém da família visse o casal. Após isso, foi para uma festa se encontrar com amigos. O percurso, em sua versão, teria demorado duas horas.

O delegado destacou que houve contradição durante o depoimento do suspeito. O trajeto em questão, por exemplo, leva 20 minutos para ser realizado e não duas horas como relatado, conforme o delegado.

As investigações revelaram ainda que Charles teria pedido para uma testemunha ir até a delegacia e mentir que estava com ele no horário em que ocorreu o crime. Outro indicio que teria levantado suspeita contra o ex-marido é que ele se negou a fornecer material genético para fazer o confronto com o material colhido na vítima.

“A ação ocorreu de forma fria e ele planejou esse álibi. O suspeito cometeu o crime e realmente foi para uma festa. Lá, ele se reencontrou com uma garota com quem já teve relacionamento, tiveram relação sexual em um motel, e ainda foram parar em uma farmácia, pois, ele queria que a jovem tomasse a pílula do dia seguinte”, destacou.

Além disso, o suspeito tem histórico de violência doméstica, como informou a Polícia Civil, e é acusado de ameaça contra a jovem. Sebastiana conseguiu na Justiça, no último ano, uma medida protetiva contra o suspeito. Charles preferiu não se manifestar sobre o caso quando chegou algemado à DHPP.





Fonte: Do G1

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