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Cidades
Segunda - 06 de Julho de 2015 às 11:18

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Cerca de 55% dos profissionais de enfermagem de Mato Grosso dizem não se sentir seguros durante a prestação de serviço à população. É o que aponta o estudo inédito realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), divulgado na última sexta-feira (03). Além disso, 69,7% desses profissionais afirmaram sofrer violência psicológica no ambiente de trabalho e 23,1% disseram já ter sidos agredidos fisicamente.

Durante a divulgação da pesquisa, foi traçado também o perfil do profissional da área. Um total de 72,3% é representado por técnicos e auxiliares de enfermagem. As mulheres representam a maioria na profissão (83,7%) enquanto os homens são apenas 15,9%. No quesito faixa etária, os profissionais são considerados em sua maioria jovens, uma vez que mais da metade (58,4%) tem até 40 anos.

Nas fases profissionais, 44% se encaixam na modalidade maturidade profissional e 37,4% estão na fase pós formação profissional e 1,7% se aposentou. Os profissionais de enfermagem atuante são 98,5% brasileiros e apenas 1,5% estrangeiros. Já no quesito naturalidade, mais da metade é de Mato Grosso (55,8%) e o restante se divide entre pessoas de Paraná (5,3%) , São Paulo (4,4%), Minas Gerais (4%), Goiás (3,9%) e Mato Grosso do Sul (3,9%). Quanto a cor, os profissionais que se consideram pretos ou pardos são maioria (67%), os brancos representam 25,6% e os indígenas apenas 0,5%.

A pesquisa aponta ainda que a maioria dos pais dos profissionais de enfermagem do Estado possuem baixa escolaridade. Para se ter uma ideia, 37,6% dos pais só possuem o ensino fundamental e 17,5% não tem qualquer tipo de estudo. O índice é mais preocupante entre as mães, que 40,5% só têm o ensino fundamental e 21,4% não tiveram qualquer tipo de acesso a alfabetização.

Para a pesquisadora responsável pelo levantamento, Maria Helena Machado, existe uma grande desvalorização do profissional de enfermagem. Prova disso é que 25,8% dos profissionais recebem por mês até R$ 1 mil e 3,1% têm rendimento de menos de R$ 680. Em contrapartida, apenas 14% recebem salários entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, com uma carga horária semanal entre 30 e 40 horas (37,5%). Dos mais de 20 mil profissionais de enfermagem do Estado, 92,6% estão empregados e a maioria (33,3%) tem até cinco anos de profissão. Dos 4,1% que se encontram fora do mercado de trabalho, 72,7% garantem estar enfrentando dificuldades em encontrar um emprego. Por outro lado, existem aqueles (34,7%) que mantêm mais de um vínculo empregatício na intenção de complementar a renda.

Mais da metade dos enfermeiros (51,2%), técnicos e auxiliares de enfermagem trabalham em instituições públicas e 21,6% em unidades privadas. O restante (5,6%) é autônomo ou atua em cooperativas e fundações.

(Com informações da repórter Elayne Mendes, do jornal A Gazeta)





Fonte: A Gazeta

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