Violência não dá trégua no interior Mato Grosso

A falta de segurança não é problema enfrentado apenas em Cuiabá e Várzea Grande. Vários municípios do interior também têm sofrido com a violência, sobretudo com a prática dos crimes de roubos, furtos e latrocínios que acontecem cada vez com mais frequência. Apesar de não estarem disponíveis dados oficiais recentes, as estatísticas da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) relativas ao ano passado indicam que as ocorrências de roubo, por exemplo, foram maiores nas regionais de Sinop, Rondonópolis e Cáceres em comparação a outros pólos do Estado.

Na regional de Sinop, que abrange outros oito municípios, foram registrados 2.295 roubos em 2014, no grupo liderado por Rondonópolis foram 1.736 e em Cáceres, cuja regional é formada por mais nove municípios, 625 roubos. Entre os casos mais recentes registrados no Estado estão os latrocínios do empresário Paulo Yugi Terão e do fazendeiro Antônio Maronezzi, que viviam em Sinop (420 km ao norte de Cuiabá).

No dia 12 de junho, Terão foi rendido quando chegava em casa, foi sequestrado e acabou sendo assassinado por bandidos que queriam roubar sua caminhonete Toyota Hillux. Quatro acusados foram presos e, de acordo com as investigações, a quadrilha atua no roubo de veículos sob encomenda e recebeu ordens de dentro da Penitenciária Central do Estado, em Cuiabá, para roubar uma caminhonete que seria trocada por drogas e armas. Já Maronezzi estava desaparecido desde o dia 13 de maio.

Autor do crime, Oziel Rodrigues de Oliveira, 25, foi preso na quarta-feira (01) e levou a Polícia até onde havia abandonado o corpo. Confessou que pediu uma carona ao fazendeiro e que o matou porque queria dinheiro para comprar drogas. No município de Sinop, algumas medidas começaram a ser tomadas desde o início deste ano devido aos índices alarmantes que foram constatados. De acordo com o delegado responsável pela regional de Sinop, José Abdias Dantas, os crimes de roubo e furto aumentaram cerca de 150% na região de janeiro a junho deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. (Leia mais no jornal A Gazeta)