Prefeito veta presença de doula durante parto
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, vetou o projeto de lei que previa a obrigatoriedade da presença de uma doula (antiga parteira) durante o parto em hospitais públicos e conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS). A medida foi recebida com insatisfação pelas defensoras do movimento.
O projeto deve voltar a pauta de votação da Câmara de Vereadores de Cuiabá, na próxima terça-feira (30). As doulas já anunciaram que irão realizar um ato em frente a Casa de Leis, para pedir a derrubada do veto.
Na mensagem enviada à Câmara, o executivo argumentou que a legislação federal já prevê a presença de acompanhantes durante o trabalho de parto, o parto e pós-parto imediato, no âmbito no SUS.
Ressaltou também que cabe a legislação federal criar regras sobre o tema. "É de competência da União editar normas gerais sobre proteção e defesa da saúde e cabe aos municípios legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar legislação federal e a estadual".
Defensora do parto humanizado e também doula, Aliana Camargo, explica que a função da profissional é dar apoio físico e emocional à mãe. "O parto é o momento mais importante da vida de uma mulher e as doulas dão suporte psicológico".
Alianna ressalta que já existem pesquisas indicando que há melhor evolução no parto quando acompanhado pela profissional. "Em outros Estados já temos registros de que a presença da doula contribui para o sucesso do parto normal e também na redução de seu tempo".
A manifestação em frente a Câmara de Vereadores de Cuiabá é organizada através da rede social, Facebook, com previsão de início às 19h.
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