Falta de medicamento atinge postos de saúde
A falta de penicilina - ou benzetacil - nas unidades públicas de saúde, não só atinge os diversos pontos do país, como também o Estado e Cuiabá. A falta de interesse dos laboratórios em fabricar o medicamento, que é de baixo custo, tem gerado transtorno entre os pacientes que sofrem de doenças como sífilis, e necessitam de tratamento.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Eliana Maria Siqueira Carvalho, é constante o diagnóstico positivo da doença nos postos de saúde da Capital. E que, junto a isso, as unidades de saúde contam com poucas doses do medicamento. Situação considerada 'catastrófica' para os profissionais.
Eliana revelou que, devido a carência deste remédio, o tratamento está sendo direcionado apenas para gestantes, uma vez que a doença pode atingir a criança que está dentro da barriga, o que pode ocasionar a morte.
"Com o tratamento em dia, pode evitar que o bebê cresça com problemas na mente, ortopédicos e que pode até levar ao aborto. Mas o remédio é tão barato que a indústria farmacêutica não quer produzi-lo mais. ".
Ela frisa que se a pessoa não for tratada à tempo, a piora no quadro de saúde pode gerar mais custos aos cofres públicos com outros medicamentos. "O tratamento é muito simples. Com apenas três dias, a pessoa leva duas aplicações nas nádegas e aguardar a melhora. Esse medicamento pode salvar vidas e é de baixo custo. Se tirar o tratamento da pessoa, pode gerar um transtorno imenso entre os pacientes que necessitam do remédio".
Prefeitura e governo
A reportagem solicitou informações sobre a situação do estoque das unidades de saúde, tanto do Estado quanto da Capital. No entanto, até o fechamento da matéria, não houve resposta por parte das pastas responsáveis pela saúde dos poderes executivos de Mato Grosso.
Comentários