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Nacional
Segunda - 22 de Junho de 2015 às 08:18

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No local do crime, foram encontradas roupas das vítimas usadas na tentativa de estrangulamento. (Foto: Camila Torres / TV Globo)No local do crime, foram encontradas roupas das vítimas usadas na tentativa de estrangulamento. (Foto: Camila Torres / TV Globo)

Foram ouvidos na tarde deste domingo (21), em João Pessoa, os maridos das duas mulheres sequestradas em João Pessoa e violentadas em Pernambuco neste fim de semana. Uma das mulheres, de 42 anos, morreu e a outra, de 31 anos, ficou ferida após serem violentadas em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, na noite do sábado (20). Elas foram sequestradas no bairro de Jardim Cidade Universitária, em João Pessoa, na Paraíba, por volta das 20h. As duas estavam em um carro com o filho de uma delas, de 9 meses, quando foram abordadas por homens em um carro e uma moto. A criança foi socorrida em um hospital da região e já recebeu alta.

Segundo o delegado Walter Brandão, que acompanha as investigações na Paraíba e colheu os depoimentos, os maridos das vítimas prestaram depoimento antes das duas serem localizadas e falaram durante cerca de uma hora cada um sobre o desaparecimento das duas mulheres. O teor dos depoimentos não foi revelado pelo delegado, que também não informou se eles devem ser convocados novamente para depor.

De acordo com o cabo Edson dos Santos, da Polícia Militar de Pernambuco, uma das vítimas - a mulher que ficou ferida e que também é mãe do bebê - estava indo levar a amiga em casa. As duas moravam no mesmo bairro, onde aconteceu o sequestro. “Ela explicou que quando chegou na casa da amiga, foi abordada por um carro e uma moto e um dos homens entrou no carro dela”, disse o policial. Ainda segundo ele, a vítima não tem certeza de quantos suspeitos estavam envolvidos no crime.

Conforme Brandão, na Paraíba, o caso está sendo investigado como latrocínio (roubo seguido de morte). “As investigações em andamento e ainda não podemos dar detalhes. Acreditamos que duas pessoas tenham praticado o crime, mas ainda não identificamos os suspeitos. Dois inquéritos vão investigar o crime: um na Paraíba e outro em Pernambuco”, informou o delegado.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança e Defesa Social da Paraíba (Seds), a delegada Roberta Neiva, titular da 2ª delegacia Seccional de João Pessoa, vai presidir o inquérito no estado. O G1 tentou contato com a delegada por telefone, mas as ligações não foram atendidas. Conforme a assessoria de imprensa da Seds, a delegada viajou para Pernambuco para acompanhar o caso no início da tarde

Local onde o bebê foi encontrado, a menos de dez metros das mulheres. (Foto: Camila Torres / TV Globo)Local onde bebê foi encontrado, a menos de dez
metros das mulheres. (Foto: Camila Torres / TV Globo)

Segundo a polícia de Pernambuco, a vítima foi obrigada a dirigir pela BR-101 de João Pessoa até Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, onde entrou numa estrada de terra conhecida como Estrada do Aterro Sanitário, na Mata da Usina Santa Tereza. “Depois de entrar na estrada, a cerca de 200 metros da BR, os homens tiraram as roupas delas, espancaram e estupraram", afirmou o cabo Edson dos Santos. Os suspeitos tentaram ainda estrangular as mulheres utilizando tecidos, mas não conseguiram. Em seguida, atropelaram as duas com o carro da vítima, fugindo na sequência. Uma das mulheres não resistiu aos ferimentos. Os criminosos abandonaram o bebê na mata.

Por volta das 11h30 deste domingo (21), trabalhadores rurais e vigilantes da usina encontraram as vítimas e a criança no local do crime e acionaram a polícia. A mulher que sobreviveu foi levada para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife. Ela sofreu politraumatismo e passa por uma série de exames durante esta tarde. A criança foi encaminhada para o Hospital Belarmino Correia, em Goiana. De acordo com a unidade, o bebê chegou com muita fome, picadas de insetos, mas sem ferimentos graves. Ele já recebeu alta.

A Polícia Militar de Pernambuco informou que está fazendo rondas no local, na tentativa de localizar os suspeitos. A corporação não tem informações sobre a motivação do crime.





Fonte: Do G1

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