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Além do delegado, cinco investigadores são investigados pela Corregedoria
Polícia tem 2 meses para investigar conduta de delegado
O corregedor-geral da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC), Luiz Fernando da Costa, determinou prazo de 60 dias para que sejam concluídos os processos administrativos que analisam a conduta do delegado João Bosco de Barros e de sua esposa, a investigadora Gláucia Cristina Moura Alt.
Além do casal, a corregedoria também investiga a quebra de deveres previsto no Estatuto da PJC por parte de outros quatro investigadores indiciados no esquema: George Fontoura Filgueiras, Leonel Constantino de Arruda, Márcio Severo Arrial e Cláudio Roberto da Costa.
Todos foram indiciados por associação ao tráfico de entorpecentes pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE), durante a Operação “Abadom”, deflagrada em 27 de junho deste ano.
Os policiais foram autuados por corrupção, concussão e extorsão e respondem ao processo em liberdade.
A portaria que instaura o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi publicada no Diário Oficial que circula nesta segunda-feira (26) na Capital.
Processo
Segundo o extrato da portaria, a comissão deverá investigar se, realmente, houve quebra dos deveres do policial civil, previstos no Estatuto da PJC, tais como: lealdade e cooperativismo com os companheiros de trabalho, zelo pela valorização da função policial e agir na vida pública e particular, de modo a dignificar a função do policial civil.
O processo também vai avaliar se os policiais se valeram do cargo, a fim de obter proveito de qualquer natureza e se praticaram qualquer ato que caracteriza improbidade administrativa ou definido como crime, cuja pena prevista seja de reclusão, isolada ou cumulativamente com pena de multa.
A pena disciplinar a ser aplicada aos policiais pode variar entre advertência, repreensão, multa, suspensão de até 90 dias, demissão e, até mesmo, cassação do direito à aposentadoria.
Operação Abadom
O delegado João Bosco e a investigadora Gláucia Alt chegaram a ser presos durante a Operação Abadom, mas já estão em liberdade.
Ambos foram afastados do serviço – sem prejuízo da remuneração – no dia 9 deste mês.
O objetivo da operação policial foi desmantelar uma quadrilha de traficantes. No inquérito, os policiais foram acusados de “proteger” os criminosos.
Segundo a delegada Alana Cardoso, da DRE, as investigações iniciaram em dezembro, com a prisão em flagrante de uma pessoa, na rodoviária de Várzea Grande. O suspeito estava com drogas.
No total, 15 pessoas estariam envolvidas no esquema. Além de Bosco e Gláucia, outras 11 pessoas foram presas, acusadas de fazerem parte da quadrilha.
Dentre os presos, quatro já cumpriam pena na Penitenciária Central do Estado, mas continuavam enviando ordens por telefone celular para as ações criminosas ligadas ao tráfico.
O suposto chefe do esquema, Marco Antonio da Silva, o “Neném”, foi preso há duas semanas, em São Luiz (MA), durante um evento sertanejo.
O delegado Gustavo Francisco, da DRE, contou com o apoio dos policiais do Denarc (Departamento de Narcóticos) do Maranhão para localizar o acusado.
Fonte:
Midia News
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