Conselheiro nega pretensões políticas em Mato Grosso
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Antônio Joaquim negou que tenha pretensões políticas eleitorais para 2018 e afirmou que vai permancer na Corte, onde pretende disputar a sucessão de Waldir Teis na presidência, no ano quem. Ele ainda rebateu as críticas dos deputados Wilson Santos (PSDB) e Oscar Bezerra (PSB), feitas em sessão plenária esta manhã.
Enquando Wilson disse que Joaquim tem “muito mais postura de candidato do que de julgador de contas públicas”, Bezerra sugeriu colocar sob suspeição os atos do conselheiro. Isso porque ele teria “negócios de ordem milionária” em sociedade com o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que recebeu parecer favorável às contas de governo, apesar do posicionamento contrário do Ministério Público de Contas. O relator do processo é Joaquim.
O tucano fez a afirmação lembrando que Joaquim se reuniu recentemente com o vice-presidente do Brasil, Michel Temer (PMDB). Ontem o conselheiro já havia rebatido as críticas de Wilson, em declarações que foram manchete do jornal A Gazeta e do GD. Joaquim disse Wilson não tem “autoridade moral” para quesionar o TCE e é “prova viva” de que a Corte pode emitir parecer favorável às contas de governo e desfavoráveis as contas de gestão, o que ocorreu com o parlamentar quando foi prefeito de Cuiabá e resultou em ação na esfera federal. Para o deputado, no entanto, a reação foi desproporcional.
Após os comentários, Joaquim reafirmou o posicionamento e disse que Wilson errou pela segunda vez. A primeira, segundo ele, teria sido ao tentar “desqualificar o TCE” e a segunda, ao tentar fazer o mesmo contra o conselheiro.
Joaquim disse que o deputado poderá fazer todos os questionamentos que quiser, quando estiver com o parecer do TCE em mãos, pois assim, serão “questionamentos fundamentados”.
Sobre a reunião com Temer, ele disse que tratou-se da criação de um Conselho para os TCEs do Brasil. O encontro foi articulado por Carlos Bezerra (PMDB), mas antes houve um pedido para que Wellington Fagundes (PR) o fizesse.
Em resposta a Oscar Bezerra, afirma que irá fazer uma interpelação judicial ao deputado, para confirmar as acusações feitas em Plenário. Caso isso ocorra, vai ingressar na Justiça contra o parlamentar.
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