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Cidades
Quinta - 18 de Junho de 2015 às 18:40

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Presa há 74 dias na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, Ellen Gonçalves Santana, 34, teve negado pela Justiça de Mato Grosso o 7º pedido de liberdade formulado num 2º habeas corpus, cuja liminar foi indeferida pelo desembargador Orlando de Almeida Perri na última sexta-feira (12). Ela é processada por tentativa de homicídio por ter atirado na cara namorado, o policial militar Alexsandro Moreira de Oliveira, 39, que integra a equipe de segurança do governador Pedro Taques (PDT) e está lotado na Casa Militar do Governo de Mato Grosso.

Ellen utilizou uma pistola ponto 40 que pertence ao Estado e era usada em serviço pelo policial. O crime foi praticado na manhã do dia 5 de abril na casa da mãe de Alexsandro, situada na Avenida Brasil, no bairro Jardim Independência, em Cuiabá. Consta nos autos que conforme apurado pela Polícia Civil, Ellen e Alexsandro mantinham relacionamento amoroso e moravam juntos há pelo menos 3 anos, “período marcado por constantes discussões e ofensas, dado o fato da denunciada ser muito ciumenta”.

Decisão da juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, do dia 29 de maio, ocasião em que a magistrada negou a revogação da prisão preventiva (6º pedido negado) decretada por ela no dia 7 de abril relata que no dia dos fatos, no período da manhã, a acusada e o namorado estavam sozinhos na área da piscina quando, em dado momento, Ellen pediu à vítima que a levasse em algum lugar (não esclarecido), no que obteve resposta negativa e teve sua ira despertada.

O primeiro habeas corpus impetrado pelo advogado Wandré Pinheiro de Andrade teve a liminar negada por Orlando Perri no dia 16 de abril, mês em que foram negados 2 pedidos. Em maio, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) voltou a proferir outras 2 decisões contrárias. Ao julgarem do mérito do HC, os magistrados da 1ª Câmara Criminal do TJ rejeitaram por unanimidade os argumentos da defesa e destacaram a necessidade de Ellen continuar presa. O advogado seguiu com as tentativas de colocar a cliente em liberdade, mas no dia 22 de maio, o desembargador Orlando Perri voltou a negar outro pedido. A juíza Mônica Catarina também não aceitou revogar a prisão no dia 29 elevando para 4 decisões contrárias somente em maio.

O advogado Wandré Pinheiro ingressou no dia 11 de junho com um 2º habeas corpus junto à 1ª Câmara Criminal visando encerrar o “constrangimento ilegal” gerado pela decisão da juíza Mônica Catarina da 12ª Vara Criminal, que indeferiu pedido de revogação da prisão preventiva da acusada. Sustentou que os fatos novos, apontados por ele, não foram melhor avaliados em favor da paciente na apreciação do pedido de revogação da preventiva. Por sua vez, o relator Orlando Perri mais uma vez negou o pedido de liminar no dia seguinte. Agora, resta a defesa aguardar o julgamento do mérito.

A vítima ficou internada no Hospital Jardim Cuiabá, passou por cirurgia no rosto e se recupera aos poucos. Um dos advogados do policial relatou ao Gazeta Digital que ele está bem e fora de perigo, mas continua sendo tratado e precisará fazer cirurgia para reconstrução facial.





Fonte: A Gazeta

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