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Segunda - 26 de Agosto de 2013 às 14:32

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 Os motoristas do transporte coletivo de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, estarão impedidos de receber em dinheiro a tarifa paga pelos usuários dos ônibus, a partir desta terça-feira (27). Não será permitida a venda dos cartões pelos motoristas, que vão se limitar somente à função de conduzir os coletivos. Dessa forma, o usuário terá que adquirir o cartão transporte antecipadamente para poder embarcar nos ônibus.
 
 
A possibilidade dos cobradores voltarem a atuar foi descartada pela empresa União Transportes, concessionária do transporte público na cidade. Ao G1, o assessor jurídico da empresa, Marcos Avalone, declarou que a medida visa cumprir a decisão judicial que proíbe a União de usar os motoristas para fazer a cobrança da passagem e receber em dinheiro o valor da tarifa. A determinação foi do juiz Fernando Miranda Rocha, substituto da 3ª Vara da Fazenda Pública do município, que estabeleceu o período de 10 dias para que a medida fosse cumprida, cujo prazo vence nesta segunda-feira (26).
 
 
“Vamos cumprir a decisão e os motoristas vão se limitar apenas na sua função para garantir segurança ao usuário. Por isso, não haverá mais circulação de dinheiro dentro dos coletivos a partir de amanhã”, explicou Avalone ao ressaltar que o usuário que embarcar sem o cartão de transporte não poderá seguir até o destino.
 
 
Ele explicou também que está descartado o retorno dos cobradores no transporte público por medida de segurança dos passageiros por conta dos assaltos. “A circulação do dinheiro gera os assaltos e coloca em risco a vida dos passageiros”, pontuou.
 
 
Contudo, nem todos os ônibus da cidade estão trafegando sem cobradores. De acordo com informações da União, atualmente há 181 motoristas e 107 cobradores. São 81 coletivos circulando em Várzea Grande, sendo mais sete veículos de reserva na garagem da empresa.
 
 
Um dos problemas apontados pelo magistrado no despacho foi a falta de pontos de recarga de cartão, que seriam insuficientes para atender a demanda de usuários do transporte. Na ação, o Ministério Público Estadual (MPE) frisou que em Várzea Grande existe apenas um ponto de venda de bilhetes no Terminal André Maggi e 22 postos de recarga de cartão em outros locais, “o que demonstra a dificuldade de acesso dos usuários às passagens”, diz trecho da denúncia.
Porém, o advogado Marcos Avalone contesta a informação e ressalta que há 100 pontos de recarga espalhados pela cidade o que, segundo ele, são suficientes para atender as pessoas que dependem do transporte público.
 
 
Em maio, os vereadores de Várzea Grande vetaram um projeto de lei que determinava o retorno dos cobradores de ônibus. Por outro lado, o MPE também argumentou, no pedido de liminar, que o acúmulo de função do motorista acarretou em prejuízos aos usuários do transporte, bem como atrasos, congestionamentos, pois a cada parada o motorista tem que conferir os valores pagos, devolver o troco, liberar a catraca, liberar o desembarque, operar o elevador quando constatar a existência de portador de necessidades especiais, embarcar os idosos, entre outros, colocando em risco os usuários e a segurança do trânsito do município.
 





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