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Ciência
Sexta - 12 de Junho de 2015 às 10:17

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Uma tribo isolada da Papua-Nova Guiné, ilha localizada na Oceania, tinha um costume muito peculiar. Seus funerais consistiam em uma cerimônia de canibalismo em que os homens consumiam a carne de seus parentes mortos, enquanto as mulheres e crianças comiam seus cérebros.

Durante anos o costume da tribo Fore foi respeitado, mas uma epidemia da doença degenerativa Kuru, que se espalhou rapidamente pelas aldeias que praticavam o canibalismo, fez com que o governo proibisse a prática na década de 50. As informações são do jornal Washington Post.

No entanto, os anos de uma dieta composta por cérebros e carne humana deixaram uma marca curiosa no povo Fore: alguns membros da tribo desenvolveram uma resistência genética à molécula causadora de várias doenças cerebrais fatais.

Inclusive o próprio Kuru, a Doença da Vaca Louca e alguns casos de demência.

O gene protetor foi identificado em um estudo publicado nesta quarta-feira (10) na revista norte-americana Nature.

Trata-se de um agente natural que previne o corpo dos Fores contra príons, uma substância produzida naturalmente mas que tem potencial de causar doenças graves se sofrer deformações dentro do corpo humano.

De acordo com os pesquisadores, a descoberta é um enorme passo para a compreensão dessas e de outras doenças cerebrais degenerativas, inclusive o mal de Alzheimer e de Parkinson.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem atualmente 47,5 milhões de pessoas com demência no mundo. Outras 7,7 milhões são diagnosticadas com o distúrbio todos os anos.





Fonte: Do R7

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