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Política
Sábado - 02 de Maio de 2015 às 08:57
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Líder da bancada federal na Câmara dos Deputados, em Brasília, Ezequiel Fonseca (PP) promete uma atuação ainda mais intensa do grupo mato-grossense no sentido de pressionar o governo de Dilma Rousseff (PT) a cumprir compromissos como repasses de recursos e pagamentos a empresas que prestaram serviços em Mato Grosso.

A articulação deve ser feita também em conjunto com as bancadas de outros estados, que também estariam sendo prejudicados com a retenção dos recursos. Na pauta principal está a liberação do Fundo de Apoio à Exportação (FEX), tanto dos valores atrasados referentes a 2014 quanto deste ano. Só em Mato Grosso são R$ 400 milhões do ano passado.

“Não tenha dúvida de que vamos pressionar. O governo federal precisa dar uma posição e não apenas para Mato Grosso, mas para todos os estados produtores. Tem recursos atrasados e já dá sinal de que vai vetar o repasse de 201, então pode esperar que vamos cobrar muitos e mobilizar todas as bancadas”, assegurou o parlamentar.

A coesão da bancada ficou ainda mais evidente após reunião com o governador Pedro Taques (PDT) no início do mês, quando o pedetista expôs a situação econômica do Estado e a preocupação com os repasses federais. De lá para cá, de fato, as Tribunas do Congresso foram enfaticamente utilizadas em abril pelo parlamentares do estado. Além de Ezequiel, Victório Galli (PSC), Nilson Leitão (PSDB), José Medeiros (PPS) e até mesmo senador Blairo Maggi (PR) desferiram críticas à política petista.

Para o parlamentar tucano, o veto presidencial é um calote do governo federal que estaria praticando apropriação indébita dos recursos arrecadados pelos estados.

"É um absurdo esse posicionamento. É um calote da presidente Dilma, que está querendo não governar mas reinar com miséria, empobrecendo estados e municípios. Quando ela veta algo que é obrigatório, está praticando apropriação indébita. Os recursos não são do governo federal, são dos estados e dos municípios", disse.

Maggi, por sua vez, chegou a demonstrar arrependimento em relação a sua posição política durante as eleições do ano passado. Defensor da continuidade do governo de Dilma Rousseff, ele agora reavalia e diz que esteve errado ao apoiá-la, a contragosto de grande parte do eleitorado mato-grossense. E dispara, em tom de desabafo, que foi enganado pela petista. Para ele, as medidas fiscais da Presidência são “um calote”.

“Fui contra todos aqueles que não queriam a continuidade desse Governo, hoje eu vejo que estava errado. Politicamente, diferente de muitos, eu apoiei a presidente Dilma, subi em palanque, pedi voto, e fiz isso em nome dos projetos para o meu estado, que estavam saindo, e assim como muita gente se sente enganada, eu também me sinto. Hoje, vejo que quem estava errado era eu. Aqueles que foram contra mim estavam certos. Por isso me sinto na obrigação de reclamar”, desabafou.





Fonte: A Gazeta

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