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Política
Quinta - 30 de Abril de 2015 às 09:39
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Ex-deputado estadual, Alexandre Cesar (PT) foi ouvido nesta quarta-feira (29) como testemunha na CPI da Sonegação e da Renúncia Fiscal, na Assembleia Legislativa. O petista foi convidado a contribuir com as investigações por ter presidido a CPI da Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), no final da legislatura passada. Ele foi questionado, entre outros assuntos, sobre os documentos que basearam o relatório final aprovado pela Casa, de autoria do ex-deputado José Riva (PSD), e que apontavam fraudes de sonegação superiores a R$ 300 milhões por parte da cooperativa. Segundo o deputado José Carlos do Pátio (SD), tais documentos não constam nos autos da CPI.

Alexandre também teve que responder sobre as discrepâncias dos dois relatórios elaborados no final da comissão que investigou a Cooamat, sendo o outro do então relator, deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR), que deu parecer pelo arquivamento da denúncia por ausência de provas. E explicar a ausência dos depoimentos de quatro dos principais investigados naquela CPI, como diretores da cooperativa e funcionários do Grupo Bom Futuro, do empresário Eraí Maggi (PP).

O petista afirmou que os todos os documentos citados no relatório de Riva realmente existiram e os membros da CPI da Coomat tiveram acesso a ele. Para o ex-parlamentar, a falta dos documentos pode ser uma falha na formação do processado e na juntada dos documentos. “Foram encaminhados a cada um dos integrantes da comissão, devem estar arquivados em algum ponto da Casa”. Presidente da CPI da Sonegação, Pátio afirma que irá retomar o levantamento desses documentos.

Sobre a elaboração de dois relatórios, Alexandre César argumentou que se tratou de uma questão política comum ao Parlamento. Mas ressaltou que as divergências foram resolvidas “democraticamente na comissão, pelo voto, e depois submetida ao Plenário, que aprovou o relatório por maioria”.

Por fim, garantiu que a ausência de depoimentos dos investigados não comprometeu o desempenho e o resultado da CPI. “Não houve prejuízo e não foi limitante. Obviamenteque gostaríamos de ouví-los, porque quem sabe a CPI se convencesse de que não havia irregularidades e a denúncia era infundada, poderíamos ter ido além. Mas tivemos um relatório final que apontava indícios de que o modus operante da cooperativa era suspeito”, disse. Alexandre ainda disse que o tempo da CPI, criada em final de mandato, foi suficiente para o objetivo estipulado.

Nesta quinta-feira (30) membros da CPI devem se reunir para discutir os próximos encaminhamentos. Na pauta: a possibilidade de se convocar o ex-deputado José Riva e o republicano Emanuel Pinheiro, para uma acareação dos relatórios divergentes. A CPI ainda irá solicitar dos órgãos de investigação,como Delegacia Fazendária, Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público, quais foram os desdobramentos do relatório entregue pela Assembleia após o término da CPI da Cooamat.

O cronograma de atividades inclui ainda as oitivas do secretário Seneri Paludo, de Desenvolvimento Econômico (Sedec), e do controlador-geral do Estado, Ciro Rodolfo, no próximo dia 06 de maio. Além disso, Paulo Brustolin, da Fazenda, pode ser convocado.





Fonte: A Gazeta

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