Indonésia inicia os trâmites para executar surfista Data da execução, no entanto, não foi informada. País espera apenas por resposta de apelação de um preso indonésio.
Rodrigo Gularte foi preso com cocaína escondida
em prancha de surfe. (Foto: Reprodução / RPC)
As autoridades da Indonésia começaram os preparativos para executar dez presos condenados no país por narcotráfico, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte, apesar de ainda não ter determinado a data das execuções, informou nesta sexta-feira (24) a imprensa local.
O porta-voz da promotoria da Indonésia, Tony Spontana, disse que a ordem foi emitida na quinta (22), mas explicou que esta ainda não é a notificação final entregue aos presos 72 horas antes de serem executados, conforme informações da emissora australiana "ABC".
Spontana afirmou que a data definitiva depende da resolução de um recurso de apelação apresentado por um preso indonésio na Corte Suprema do país. O mesmo tribunal já rejeitou ações semelhantes de um condenado francês e de um ganês na última terça (21).
O porta-voz confirmou também que um dos réus, a filipina Mary Jane Veloso, será transferida à prisão de Nusakambangan, onde serão realizadas as execuções. Outros presos que serão fuzilados já estão no local há algumas semanas.
Entre os condenados está Rodrigo Gularte, preso em 2004 com vários quilos de cocaína escondidos em uma prancha de surfe. O governo brasileiro e os familiares de Gularte alegam que ele sofre de esquizofrenia, por isso não deveria ser executado.
Apesar dos pedidos de clemência por parte da presidente Dilma Rousseff, do primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, e do presidente da França, François Hollande, o líder indonésio, Joko Widodo, reiterou a firmeza de seu governo contra o narcotráfico e descartou todas as solicitações.
Em janeiro, a Indonésia fuzilou seis presos acusados de narcotráfico, entre eles Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática entre o país asiático e o Brasil.
A Indonésia, que retomou as execuções de réus em 2013, mantém 133 prisioneiros no corredor da morte, 57 acusados por tráfico de drogas, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.
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