Mãe decide manter gravidez de bebê sem cérebro para doar órgãos Teddy Houlston tinha anencefalia; já seu irmão gêmeo nasceu saudável. Serviço Nacional de Saúde britânico divulgou caso para estimular doação.
Um bebê que viveu 100 minutos se tornou o doador de órgãos britânico mais jovem ao fornecer as válvulas de seu coração e seus rins, informaram nesta quinta-feira (23) as autoridades de saúde.
Teddy Houlston e seu irmão gêmeo Noah nasceram em Cardiff, Gales, em 22 de abril de 2014, mas os pais, Jess Evans e Mike Houlston, já sabiam que o primeiro não sobreviveria porque sofria de anencefalia, uma doença incurável que fez com que nascesse sem partes do crânio e do cérebro. Já o irmão Noah nasceu saudável e passa bem.
Nesta quinta-feira, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) revelou a história para encorajar a doação de órgãos.
Os médicos chegaram a apresentar a opção de o casal decidir pelo aborto do bebê doente - em casos como este, é possível abortar somente um dos bebês - mas o casal recusou. "Após o diagnóstico de Teddy tivemos um tempo para amadurecer a ideia, e decidimos como família que queríamos que a gravidez seguisse adiante e doar seus órgãos", disse a mãe, Jess, em um comunicado.
"Saber que uma parte de um ente querido vive em outra pessoa é reconfortante. A vida de Teddy tinha um papel importante", acrescentou a mulher de 28 anos.
Seu pai, Mike, disse que o menino "viveu e morreu como um herói".
Nos últimos 10 anos, 39 crianças menores de dois anos foram doadoras de órgãos no Reino Unido. Os rins do bebê começam a funcionar na 37ª semana ainda na barriga da mãe. Mais de 7.000 pessoas aguardam órgãos no Reino Unido, lembrou o NHS.
Pais tomaram a decisão de doar órgãos do bebê quando souberam que ele não sobreviveria (Foto: Reprodução/Facebook/NHS Organ Donation Campaign)
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