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Política
Sexta - 27 de Março de 2015 às 07:56
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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Lia de Paula/Agência Senado
O senador Blairo Maggi (MT)
O senador Blairo Maggi (MT)

O senador e ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, e o ex-secretário de estado, Éder Moraes, foram dispensados como testemunhas da ação penal sobre o 'escândalo dos maquinários' que tramita na Sétima Vara Criminal de Cuiabá. Os dois haviam sido convocados para serem ouvidos, mas a defesa de Harry Klein, um dos réus do processo, dispensou os depoimentos deles. Treze pessoas são acusadas de participação no suposto esquema.

A ação apura a denúncia de superfaturamento numa compra de maquinários feita pelo governo do estado em 2009, quando Maggi era governador do estado e Moraes era titular da pasta de Fazenda. As máquinas foram entregues no primeiro semestre de 2010 a prefeituras no estado.

Nesta quinta-feira (26), foram ouvidas duas testemunhas e um réu – o empresário José Renato Nucci. Em depoimento à Justiça, ele informou como foram definidos os preços das máquinas fornecidas ao estado na época. Ele negou haver superfaturamento por parte da empresa dele.

O advogado de defesa de Nucci, Mateus Vedovato Júnior, disse que a empresa não poderia superfaturar, porque os preços da marca que ele comercializa são tabelados.

Nucci também informou porque devolveu cerca de R$ 800 mil ao estado. Segundo ele, o valor das máquinas foi calculado com acréscimo por causa do tempo de seis meses que o pagamento que pagamento seria feito e, como o montante foi recebido antes do prazo final, a correção a correção dos juros foi devolvida. O empresário disse estar sofrendo perseguição por parte do governo.

As audiências de instrução sobre o caso começaram na segunda-feira (23).

Entenda o caso
As fraudes teriam ocorrido em 2010, após governo do estado ter comprado 408 caminhões e 297 máquinas pra recuperação e manutenção de estradas, como parte do programa "Mato Grosso 100% Equipado". Uma investigação apontou indícios de superfaturamento de R$ 44 milhões na compra dos maquinários, que custaram aos cofres públicos R$ 241 milhões.

Entre as 13 pessoas denunciadas pelo Ministério Público, estão o ex-secretário de Administração, Geraldo de Vito, um servidor público e mais dez pessoas - funcionárias e donas donas de empresas que forneceram os caminhões e máquinas. Vilceu Marchetti, ex-secretário de Infraestrutura do estado, também era réu. Porém, ele foi assassinado ano passado, em uma fazenda na região do Pantanal mato-grossense.





Fonte: Do G1

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