Auditorias em contratos só tiveram início em fevereiro
Com os pagamentos suspensos desde o dia 2 de janeiro, os contratos herdados pelo governo Pedro Taques (PDT) da gestão Silval Barbosa (PMDB) e que estão inscritos nos restos a pagar só começaram a passar pelas auditorias que podem resultar na liberação ou não seus valores por parte do Paiaguás no dia 20 de fevereiro.
A demora para o início da fiscalização se deu, segundo o controlador-geral do Estado, Ciro Rodolpho Gonçalves, devido à falta de efetivo na Controladoria e à determinação para que se priorizassem as auditorias em contratos de obras como a do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que já possuía indícios de irregularidades e correspondia a valores mais vultuosos.
Com apenas 68 auditores de carreira, dos quais 25 atuam exclusivamente nestes contratos prioritários, a CGE disponibilizou apenas 8 auditores para vistoriar os contratos inscritos nos restos a pagar. Para conseguir dar início efetivo ao trabalho, o governador determinou então que os secretários de cada Pasta nomeassem comissões que devem ter os trabalhos coordenados pela Controladoria.
Conforme Ciro Gonçalves, os números referentes aos contratos dos restos apagar ainda não estão completamente fechados, mas a estimativa do governo é que correspondam a cerca de R$ 500 milhões.
A não liberação destes valores no início do ano teria gerado prejuízos a empresários que prestavam serviços ao governo, em especial empreiteiros de pequeno porte. Segundo relatos de deputados procurados para interceder junto ao Paiaguás, empresas estariam a beira da falência.
Ainda de acordo com o corregedor-geral, além de começarem atrasadas estas auditorias não vão terminar dentro do prazo previsto de 90 dias a partir do dia 2 de janeiro, quando foi publicado o decreto suspendendo o pagamento. A expectativa é que os trabalhos levem, pelo menos, mais 40 dias para serem concluídos.
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