Sinop: acusado de sequestrar parentes de gerente bancária tem liberdade negada
Os desembargadores da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negaram, por unanimidade, o recurso interposto pela defesa de Marcelo dos Santos, acusado de sequestrar, juntamente com Jeon Pinto da Conceição e Vitória Régia da Silva Oliveira, três familiares da gerente de um banco, em julho do ano passado. A defesa alegou que não havia “fundamentação da sentença que manteve a prisão preventiva do paciente”, condenado a 15 anos de reclusão em regime fechado.
Porém, para o relator do recurso, desembargador Marcos Machado, a manutenção da custódia “está amparada na fixação do regime inicial fechado, garantia da ordem pública e modo de execução do delito, uma vez que o paciente (Marcelo) teria invadido a residência (da vítima) e sequestrado sua família, inclusive seu filho de três anos exigindo R$ 300 mil”.
O recurso visava reverter a decisão da juíza da Segunda Vara Criminal, Débora Roberta Pain Caldas, que também condenou, além de Marcelo, o casal Jeon e Vitória. Durante o depoimento, Jeon e Marcelo sustentaram a versão contada à imprensa na época sobre a inocência de Vitória.
Porém, para a magistrada, Vitória também arquitetou o sequestro “mantendo contato com a vítima, simulando uma visita de cortesia com o fim de obter informações sobre sua rotina, a fim de perpetrar o crime. Assim, a acusada foi à residência (da gerente), se aproveitando da amizade anteriormente existente entre elas e buscou saber detalhes da sua rotina de trabalho, inclusive em dado momento (talvez por um breve sentimento de remorso), chegou a falar para ela que ‘estava sentindo que algo iria lhe acontecer’”. Jeon e Vitória foram condenados, cada um, a 16 anos e 8 meses de prisão, em regime inicialmente fechado.
Conforme Só Notícias já informou, o delegado responsável pelo caso, Sérgio Ribeiro, ouviu o depoimento da gerente do banco e de 3 parentes dela, relatando como ocorreu o sequestro, a exigência para que pegasse R$ 300 mil no banco e entregasse aos 3 acusados para que as vítimas fossem soltas.
Os familiares da bancária foram levados, de carro, à chácara e, de acordo com o delegado, ficaram sob a vigilância de Marcelo. Geon voltou para a cidade para tentar obter o dinheiro do resgate. A gerente, assim que chegou na agência, acionou a polícia que passou a rastrear os telefones dos acusados e descobriu o cativeiro. Uma equipe liberou os 3 e prendeu Marcelo. Quando estavam voltando para Sinop 'encontraram' Geon e Vitoria em carro, que acabaram presos.
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