MPE-MT cria força-tarefa para investigar 32 contratos da Copa Contratos firmados com o governo do estado chegam a quase R$ 1 bilhão. Dos 32 projetos propostos, 20 ainda estão em execução.
Uma força tarefa do Ministério Público do Estado vai investigar 32 projetos que fazem parte das obras para a Copa do Mundo em Mato Grosso. Os contratos somam R$ 933 milhões e estão com percentual de serviços executados de 86,2%. Nove já foram concluídos e aguardam recebimento do estado, três foram recebidos oficialmente e 20 ainda estão em execução. Um gabinete avançado do MPE foi montado no governo do estado para analisar os projetos.
Com a extinção da Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa), a documentação das obras da Copa está sendo encaminhada para a Secretaria Estadual de Cidades (Secid-MT). Dezenas de caixas com parte dos contratos e documentos contábeis e fiscais já estão com a pasta. O promotor de Defesa do Patrimônio Público, Clóvis Almeida Júnior, deverá ir esta semana à Secid-MT para fiscalizar a documentação que vai ajudar na investigação dos 32 inquéritos abertos.
"Esses 32 inquéritos acompanharam a execução dessa sobras. E agora, com a constatação da inexecução de várias delas, e da execução inadequada de outas delas, as ações vão ser propostas em relação à responsabilidade dos envolvidos, não só os gestores públicos, mas as empresas", disse o promotor.
Algumas obras foram liberadas sem estarem concluídas, como a trincheira do bairro Santa Rosa em Cuiabá, que teve 88% do projeto finalizado. Outras obras estão paradas, como a restauração da Av. 8 de Abril, que inclui calçadas e a recuperação do córrego e implantação do coletor de esgoto - último relatório do governo do estado apontou que foram executados 65% desse projeto.
Conforme cálculo do governo do estado, serão necessários mais R$ 155,6 milhões para finalizar as obras inacabadas previstas para o Mundial de 2014 na Grande Cuiabá. O valor se refere aos saldos de contratos, previsão de reajustes e revisão de projetos.O governo do estado fez um acordo com as empreiteiras para que as obras sejam retomadas no mês de abril. Hoje, 13% precisam ser concluídas.
“A ideia é iniciar uma obra e terminar, não ficar parando por causa de chuva. Dentro do cronograma físico-financeiro que nós vamos publicar, a sociedade inteira vai acompanhar, nós vamos estar entregando as obras, paulatinamente, uma a uma”, disse o secretário Estadual de Cidades, Eduardo Chiletto.
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