Polícia abre inquérito de estelionato contra decoradora que sumiu em MT Empresária teria supostamente aplicado golpes em noivas de Cuiabá. Ela é dona de empresa de decoração e eventos e fugiu com o marido.

A Polícia Civil abriu inquérito nesta segunda-feira (23) para investigar se houve crime de estelionato no caso de uma decoradora de festas, em Cuiabá, que supostamente teria fugido com o marido na última quinta-feira (19) e aplicado golpe em diversos clientes. A empresária Emanuely de Sousa Félix Lucena, de 27 anos e proprietária de uma empresa especializada em decorações e eventos, é investigada pela Delegacia Especializada do Consumidor (Decon), como também o marido dela, que trabalha no estabelecimento.

“Vamos fazer o levantamento, ouvir as testemunhas e analisar caso a caso, pois, trabalhamos o fato como crime de estelionato e propaganda enganosa. Duas testemunhas já prestaram depoimento nesta segunda e outras devem ser ouvidas ao longo do dia”, explicou a delegada titular da Decon, Ana Cristina Feldner, em entrevista ao G1. Ela disse que até o momento recebeu dois boletins de ocorrências e outros serão encaminhados para a delegacia.

Além das vítimas, a mãe da decoradora também deverá ser intimada para prestar esclarecimentos e revelar onde a filha e o genro estão, segundo a delegada. A mãe de Emanuely já havia contado à reportagem, no sábado (21), que manteve contato com a filha e que ela não está em Mato Grosso. Preferindo não se identificar, com medo de represálias, a mulher afirmou que a filha “fugiu porque faliu” e contestou a denúncia de estelionato. A mulher alega que a empresária estava mergulhada em dívidas com fornecedores e não suportou a pressão, já que não tinha condições de honrar com os compromissos feitos para este final de semana.

De acordo com ela, um advogado deverá ser contratado pela família ainda nesta segunda. “ Vamos solicitar que a mãe compareça à delegacia e explique onde a filha dela está, já que mantém contato. Não está descartada o pedido de mandado de prisão contra a empresária”, anunciou a delegada.

Vítimas
A advogada Juliane Destri também se diz vítima da decoradora. O casamento dela está marcado para o dia 1º de agosto. Ela tinha pago R$ 13 mil à vista para essa empresa e agora irá procurar outra para fazer a decoração do casamento dela. "Só fechei o contrato com ela [Emanuely] porque ficava R$ 8 mil mais barato que nas outras empresas que eu já tinha feito orçamento", afirmou.

Outra vítima que pediu para não ter o nome divulgado alegou ter levado prejuízo de R$ 40 mil após receber desconto para o pagamento à vista. "Ela [Emanuelly] tinha cobrado R$ 50 mil, mas disse que se eu pagasse à vista ficaria R$ 40 mil.Daí transferi parte do dinheiro para uma conta corrente de terceiros a pedido dela e o restante paguei no cartão de crédito, que passei em uma loja que nada tinha a ver com a empresa dela", afirmou. Esse noivo que está com o casamento marcado para novembro deste ano informou que irá acionar a empresária na Justiça.