Quatro jovens desaparecem após serem vistos em praça de cidade no Paraná Sumiço completa uma semana nesta quarta-feira (18), segundo a polícia. Jovens foram vistos pela última vez em uma praça, no centro da cidade.
Marinalva (à esq.) não vê a filha Ana Cláudia (dir.) há dez dias. (Foto: RPC Maringá/Reprodução)
Quatro jovens desapareceram no município de Flórida, no norte do Paraná. O sumiço completa uma semana nesta quarta-feira (18), de acordo com a Polícia Civil. Até o meio-dia, não havia informações sobre o paradeiro deles.
Daniel Gonçalves de Araújo Júnior, de 20 anos, Ana Cláudia Alves, de 22, Eder das Neves de Oliveira, de 21, e Jonathan Willian Moreira da Silva, de 17, foram vistos pela última vez em uma praça no centro de Flórida, conforme a polícia. Desde então, as famílias não têm mais notícias.
"Não está descatada nenhuma hipótese: desde uma questão voluntária dos próprios jovens como também algo mais grave. O que nós esperamos é, nas próximas horas, pelo menos ter a identificação do paradeiro. Para isso, já estão trabalhando as equipes mais experientes na localização de pessoas desaparecidas da Polícia Civil", diz o delegado-chefe de Maringá, Osmir Ferreira Neves Junior, responsável pela investigação.
A mãe de Ana Cláudia, Marinalva Ferreira Alves, afirma que falou com a filha pela última vez no dia 8 de março, por telefone. Segundo ela, a jovem avisou apenas a avó de que passearia em Flórida. No sábado (14), uma amiga ligou para comunicar o desaparecimento.
"As amizades dela de lá [Flórida] eu não conhecia. E deu nisso, né? Eu falava para ela, para não ter amigo assim, mas ela às vezes não ouvia a gente. Acredito que ela estava na hora errada, no lugar errado, e com a companhia errada", lamenta a mãe.
Marinalva foi até Flórida e visitou a casa de Daniel Júnior, onde a filha estava hospedada, segundo a amiga que informou o desaparecimento. Ele ligou para o celular de Ana Cláudia diversas vezes, mas ouviu da operadora que a linha "está bloqueada".
"Eu penso tanta coisa ruim. Tento pensar coisas boas, mas não tem como, porque é um coração que está angustiado. Eu tentei comer um pão hoje, mas não consigo comer, não consigo dormir, estou tomando remédio. É muito triste. Peço para quem fez isso devolva a minha filha. Viva ou morta", implora a mãe, com lágrimas.
A polícia pede que, caso alguém tenha alguma informação sobre os jovens, ligue para o 190 e a repasse. A investigação foi reforçada com equipes policiais de toda a região, segundo o delegado de Maringá.
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