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Política
Quarta - 11 de Março de 2015 às 10:31
Por: *JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS

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O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Fazenda, quitou a primeira parcela de parte da dívida do Estado que está dolarizada. O montante de R$ 103 milhões foi pago ao Bank of America na segunda-feira (09.03).

A dívida de R$ 6,5 bilhões é referente a empréstimos contraídos com autarquias do Governo Federal, como o BNDES e a Caixa Econômica Federal, para investimentos em obras da Copa do Mundo, além de outras dívidas contraídas pelas gestões anteriores. Desse total, 22% está dolarizada.

O secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, enfatiza que o pagamento demonstra a responsabilidade do governador Pedro Taques em honrar os compromissos do Estado, principalmente por conta do rating – ou classificação de risco – do Estado, que é essencialmente exportador.

“Embora não tenha sido a atual gestão que contraiu essa dívida em dólar, nós honramos esse pagamento com muito sacrifício. Tivemos que fazer uma série de ajustes para quitar a primeira parcela e isso é resultado do esforço da equipe do Tesouro Estadual da Sefaz”, afirmou Brustolin.

Por outro lado, o secretário afirma que o cumprimento desse compromisso com o Bank of America não impede que a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a pedido do governador, faça uma devassa jurídica no contrato. Durante a reunião realizada na Sefaz, no último sábado (07.03), com todo o secretariado, Taques afirmou que honraria o pagamento, mas que iria questionar o débito judicialmente.

Além disso, o governador ressaltou que a quitação da parcela é importante porque o governo precisa ter credibilidade junto ao Governo Federal, mas que, no entanto, o contrato foi firmado sem manifestação da PGE, possui cláusulas absurdas e teve apenas um advogado contratado pela própria instituição financeira.

Diante da situação, o secretário de Fazenda reforça a preocupação quanto à exposição de Mato Grosso ao risco do câmbio, o que vem reafirmando desde que assumiu a administração da Sefaz, em janeiro. “Existe uma possibilidade de oscilação do câmbio grande do dólar e isso pode comprometer tanto o pagamento da dívida quanto à política de investimento no Estado”, garante Brustolin.





Fonte: A Gazeta

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