Trio acusado de esquartejar homem irá a júri Crime aconteceu em março do ano passado, em São Paulo. A data do julgamento, porém, ainda não foi definida.
As três mulheres acusadas de matar e esquartejar o motorista de ônibus Álvaro Pedroso, no Centro de São Paulo, irão a júri popular. A data do julgamento, porém, ainda não foi definida. O crime aconteceu em 23 de março do ano passado e pates do corpo foram deixadas em Higienópolis e na Praça da Sé.
Segundo o Ministério Público (MP), as prostitutas Marlene Gomes, de 57 anos, Francisca Aurilene Correia da Silva, a “Thais”, de 35; e Márcia Maria de Oliveira, vulgo “Sheila”, 33, mataram Pedroso e, depois, cortaram o corpo em diversos pedaços. O G1 não localizou a defesa das rés até a publicação desta reportagem.
Marlene confessou o crime, mas negou que tenha agido de forma premeditada. Ela disse que, após uma briga, empurrou o amante, que caiu e "morreu". Em seguida, ela teria utilizado "a faquinha dele" para esquartejar o cadáver. "Eu cortei, cortei, cortei", disse Marlene quando participou da reconstituição do crime.
A investigação da Polícia Civil e a denúncia do MP, porém, concluíram que ela e suas amigas tinham planejado o crime. Segundo a acusação, Marlene era amante de Álvaro, que era casado e pai de dois filhos. Ela decidiu matá-lo porque o motorista queria romper o relacionamento e não dar mais dinheiro. Para isso, combinou o crime com as outras duas prostitutas.
A Promotoria informou que Álvaro foi morto na madrugada do dia 23 de março, após manter relações sexuais com Marlene num apartamento na Rua dos Andradas, no Centro. Lá, a amante o embriagou com cerveja. Alcoolizado, ele foi tomar banho.
Foi quando Francisca e Márcia entraram no imóvel e foram ao banheiro juntamente com Marlene e golpearam Álvaro com "instrumento contundente" na cabeça, matando-o. Depois, a amante teria usado uma "serra" para esquartejar o corpo e, inclusive, cortaram os dez dedos da mão da vítima para dificultar a identificação.
Cabeça foi achada dentro na Praça da Sé (Foto:
Adriano Lima/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)
O trio comprou sacos plásticos e carrinhos de feira para ajudar a espalhar as partes. Elas abandonaram membros no entorno do Cemitério da Consolação, em Higienópolis, bairro nobre da capital. Quatro dias depois, a cabeça foi encontrada na Praça da Sé.
O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou o caso, analisou câmeras de segurança que mostraram as três passando pela área aonde os pedaços do motorista foram achados. Depois, as prendeu entre os dias 27 e 28 de junho. Elas foram acusadas de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Na sentença de pronúncia, a juíza Carla de Oliveira Pinto Ferrari negou às três acusadas o direito de recorrer em liberdade, pois “os crimes a elas imputados são extremamente graves e assolaram a sociedade paulista em função das peculiaridades do caso, de forma que a liberdade das acusadas representa sério risco para a ordem pública”.
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