Justiça recebe inquérito contra empresário preso pela PF
A Justiça Federal de Mato Grosso já recebeu o primeiro inquérito policial da Operação Soberba, deflagrada pela Polícia Federal no dia 29 de janeiro contra pessoas acusadas de integrarem uma quadrilha de tráfico internacional de drogas. Porém, o inquérito que tem como indiciado o doleiro Marson Antônio da Silva, diz respeito a crimes contra a ordem econômica e está relacionado ao ouro que foi apreendido na casa do investigado, 5 quilos no total. Marson permanece preso e seus advogados aguardam o término de diligências que ainda estão sendo realizadas, para só então pedirem o relaxamento da prisão.
O inquérito 0070/2015 foi distribuído à Justiça Federal nesta quinta-feira (12) à 5ª Vara da Justiça Federal em Cuiabá. O Ministério Público Federal (MPF) já está em posse do inquérito para avaliar e decidir se oferece ou não denúncia contra o empresário. O responsável pelo caso na Justiça Federal é o juiz Jeferson Scheider que além de homologar a prisão do doleiro cumprida por agentes na PF no dia da operação, também converter a prisão em preventiva.
Ulisses Rabaneda, um dos advogados do empresário destaca que a Polícia Federal ainda não concluiu o inquérito relativo ao tráfico de drogas que pesa contra vários alvos da operação. Por isso aguarda alguns interrogatórios e diligências que estão andamento, feitas a pedido da própria defesa. Somente após essa etapa é que ele pretende pedir o relaxamento da prisão do seu cliente. “Tentamos desconstituir alguns elementos produzidos contra ele e estamos trabalhando para isso”, disse Rabaneda.
De acordo com o advogado, Marson da Silva não tem nenhum envolvimento com o tráfico de drogas e muito menos com os acusados de traficar o entorpecente. “A gente não nega o fato dele vender dolar tinha uma empresa aberta, o que contamos é envolvimento dele com os fatos que a Polícia Federal o acusa, de fornecer moeda estrangeira para algumas pessoas que praticavam o trafico de drogas. Ele não tinha conhecimento de fato e não tem envolvimento com essas pessoas”, afirma Rabaneda.
Para a Polícia Federal, o doleiro seria o fornecedor de dólares para traficantes internacionais. “Há um equívoco quanto ao envolvimento dele com pessoas acusadas de integrarem o esquema de tráfico de drogas e pretendemos provar isso”, ressalta o jurista.
No dia da operação, a PF apreendeu na casa de Marson R$ 628.2 mil, U$ 37.750 dólares em espécie, R$ 14.5 mil (em “travelers checks”), R$ 2 milhões em cheques e 5 quilos em ouro. A defesa disse que quanto aos bens apreendidos as medidas serão tomadas em outro momento, pois a prioridade é colocar o empresário em liberdade. Na operação também foram apreendidos 218 quilos de pasta-base de cocaína, 1 quilo de cloridrato de cocaína e vários veículos.
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